Daniel amplia base e dispara no favoritismo; Marconi e Wilder patinam na corrida para 2026

O mês de novembro marcou um período de intensa movimentação política entre os principais pré-candidatos ao governo de Goiás em 2026. As ações de Daniel Vilela (MDB), Wilder Morais (PL) e Marconi Perillo (PSDB) evidenciaram ritmos distintos na construção de alianças e na busca por sustentação partidária para o próximo pleito. Enquanto o vice-governador ampliou apoios e fortaleceu a base governista, os dois nomes da oposição enfrentaram divergências internas e dificuldade para avançar em articulações relevantes.

Ao longo do mês, Daniel Vilela intensificou agendas em todo o estado, especialmente em visitas a municípios e em eventos de lançamento de obras e programas sociais. A exposição frequente ao lado de prefeitos e parlamentares ampliou sua presença política e consolidou seu papel como um dos principais articuladores do grupo do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). 

O mês também registrou avanços importantes na ampliação da base governista: lideranças do PL, como o prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão, o deputado federal Daniel Agrobom e o deputado estadual Paulo Cezar Martins formalizaram apoio ao emedebista. Outra adesão de peso veio do prefeito de Cristalina, Dr. Luís Otávio, que deixou o PL em agosto para ingressar no União Brasil e declarou apoio à reeleição de Daniel.

Em sentido oposto, novembro expôs as dificuldades do PL na tentativa de sustentar a pré-candidatura do senador Wilder Morais ao governo estadual. O parlamentar oficializou sua intenção de disputar o cargo em uma reunião de pequeno porte, acompanhada por apenas oito aliados — entre eles um advogado contratado por ele — e sem a presença de figuras de maior expressão da legenda em Goiás. Longe de representar unidade, o encontro reforçou o processo de dispersão interna, intensificado pelas migrações de quadros do partido para a base governista ao longo do mês. 

Nos bastidores, dirigentes do PL seguem discutindo alternativas e possíveis rearranjos, o que mantém em aberto a viabilidade eleitoral do projeto de Wilder para 2026, incluindo a hipótese de o senador recuar da disputa ao governo em troca do apoio da base governista à candidatura de um nome do PL ao Senado Federal.

Para Marconi Perillo, o mês foi marcado por reveses internos. O ex-governador deixou a presidência nacional do PSDB após um período de encolhimento da sigla no plano nacional e estadual. Em Goiás, sua agenda se concentrou em encontros com lideranças locais de menor expressão, sem o anúncio de novos apoios significativos. A falta de articulações de maior alcance e a dificuldade de reorganizar sua rede política mantêm Marconi distante das movimentações centrais da disputa.

No balanço de novembro, Daniel Vilela se destaca por ter ampliado alianças, reforçado vínculos com prefeitos e assegurado apoios provenientes até de partidos adversários. Wilder Morais e Marconi Perillo, por outro lado, encerram o mês buscando espaços e tentando recompor estruturas partidárias. A dinâmica revela estágios distintos de consolidação entre os pré-candidatos e indica, até aqui, uma vantagem política do grupo governista na preparação para a eleição de 2026.

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