Advogada e policiais são presos por suspeita de agiotagem em Luziânia

A Polícia Civil de Goiás prendeu, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, uma advogada e policiais militares suspeitos de integrar um grupo responsável por crimes de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro. Segundo a corporação, a organização oferecia empréstimos com juros abusivos e utilizava ameaças, violência e armas para realizar cobranças.

A ação, denominada Operação Mão de Ferro, foi deflagrada na última sexta-feira (28) e mobilizou cerca de 80 agentes. Foram cumpridos nove mandados de prisão e dez de busca e apreensão. A Polícia Civil não divulgou os nomes dos investigados. Até a publicação desta reportagem, não havia confirmação de defesa constituída pelos envolvidos.

De acordo com a investigação, pessoas endividadas eram pressionadas física e psicologicamente. Relatos apontam o uso de armas e agressões. Um vídeo que integra o inquérito mostra dois homens realizando uma cobrança e um deles seria um sargento da Polícia Militar. Nas imagens, ele aparece golpeando um devedor com um taco de beisebol.

Durante as buscas, os policiais apreenderam armas de fogo e cerca de R$ 10 mil em espécie. A PCGO afirma que o grupo movimentou mais de R$ 7 milhões em dois anos. O valor foi bloqueado por determinação judicial para eventual reparação dos prejuízos e enfraquecimento financeiro da organização.

Segundo a Polícia Civil explicou ao jornal O Popular, a advogada atuava na estrutura de proteção jurídica do grupo e também participava das cobranças. A corporação aponta que o objetivo era blindar a atuação do esquema e dificultar a responsabilização dos envolvidos.

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