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Prestes a encerrar sua vitoriosa carreira política de 60 anos, Iris pavimentou o retorno do MDB ao poder
Marconi força a barra, mas Iris pavimentou sua derrota como últimos atos de sua vida pública
27/11/2025, às 11:19 · Por Redação
A tentativa do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) de se associar publicamente à imagem de Iris Rezende — ao declarar na coluna Giro (O Popular) que "o irismo é grande demais, é uma força viva da nossa história" — é uma tentativa de apropriação de legado de forma indevida. O gesto é amplamente visto como oportunismo, especialmente porque o último grande movimento político de Iris em vida foi o de arquitetar a derrocada eleitoral de Marconi.
A profunda rivalidade entre Marconi e Iris, marcada por confrontos eleitorais e ataques pessoais, se transformou em articulação quando Iris concluiu que a permanência do tucano no poder representava um "mal para o estado".
Mesmo sendo um adversário histórico do MDB, Iris Rezende via Ronaldo Caiado (União Brasil) como um líder com responsabilidade com Goiás e, apesar das diferenças, o respeitava. O Estado estava mergulhado em escândalos e agonizava uma das maiores crises fiscais da história.
Prestes a encerrar sua vitoriosa carreira política de 60 anos, Iris construiu a aliança que colocou Ronaldo Caiado como candidato a senador em sua chapa. Apesar da derrota pessoal naquele pleito, a união de forças foi o passo decisivo para o futuro.
Quatro anos depois, a aliança entre os grupos de Iris e Caiado se consolidou, e Caiado foi eleito governador, pondo fim à era tucana que havia sido iniciada justamente pela vitória de Marconi sobre seu ex-padrinho em 1998. O movimento articulado por Iris foi essencial para unir o campo que, por fim, derrotou Marconi. Hoje o MDB ocupa a vice-governadoria e, após quase 30 anos, deve voltar ao poder, enquanto Marconi amarga derrotas e esvaziamento político.
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