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Goiânia testa novas máquinas, inteligência artificial e estuda abrir parte da Comurg a um sócio privado para aumentar eficiência e reduzir custos
Prefeitura de Goiânia intensifica mecanização da Comurg e avalia abrir estatal a sócio privado
24/11/2025, às 16:31 · Por Redação
A Prefeitura de Goiânia ampliou, neste ano, uma série de testes com máquinas e mudanças internas na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) como parte do plano para reorganizar a estatal. Em entrevista, o prefeito Sandro Mabel (UB) afirmou que a estratégia envolve mecanização de serviços, revisão de processos e a possibilidade, no futuro, de venda de parte da empresa a um investidor privado.
Segundo o prefeito, a gestão já adquiriu cerca de 80 máquinas compactas para corte de grama e avalia o desempenho de um novo modelo de varrição mecanizada. A promessa é reduzir equipes e aumentar a eficiência. “A máquina corta e segura tudo, não joga pedra. É mais eficiente”, disse Mabel.
A Prefeitura também testa equipamentos para agilizar correções após recapeamentos, como uma máquina capaz de elevar anéis de bocas de lobo, além de tecnologias para poda mecanizada de coqueiros e árvores altas.
Outro eixo do plano é a implantação de um sistema de monitoramento urbano via câmeras e inteligência artificial, instalado em caminhões da Comurg e da Limpa Gyn. A ferramenta deve identificar automaticamente buracos, sujeira, necessidade de poda e outros pontos críticos, gerando dados para programação de equipes. O projeto ainda está em fase de especificação técnica.
Dívidas e futuro societário
A abertura da Comurg a sócios privados é tratada como possibilidade futura. Mabel diz considerar um modelo em que o município manteria 51% das ações, preservando o controle. A medida, porém, depende da regularização das dívidas federais da companhia, que hoje impedem emissão de certidões e reduzem o valor da empresa.
A Prefeitura tenta concluir em Brasília negociações para renegociar débitos com INSS, Receita Federal e FGTS, que somam pagamentos mensais entre R$ 2,36 milhões e R$ 2,6 milhões por dez anos.
A expectativa da gestão é que, regularizada, a Comurg volte a prestar serviços a terceiros. Segundo o prefeito, Equatorial, Ceasa, indústrias e condomínios já demonstram interesse. A meta é que a companhia gere 5% a 10% do orçamento anual com contratos externos a partir de 2026.
Limpa Gyn
O contrato com o Consórcio Limpa Gyn termina no próximo ano. Mabel não descarta renovação, mas diz que isso dependerá da capacidade de investimento da empresa e da adoção de novas tecnologias, como câmeras e IA. Caso contrário, o município abrirá licitação.
Para o prefeito, o desempenho do consórcio melhorou após ajustes na forma como a Prefeitura repassa demandas. Hoje, afirma, o serviço é considerado satisfatório.
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