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Goiânia, 28/11/25
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Adesão ao Propag substitui o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e cria o Marco Fiscal da Sustentabilidade (MFS) a partir de 2026; nova regra prevê 'gatilhos' que permitem ampliar despesas se houver aumento real da receita, mas apuração individual por Pode

Goiás propõe novo teto de gastos na Alego para trocar RRF por Propag e ter flexibilidade fiscal

19/11/2025, às 13:59 · Por Redação

O Governo de Goiás enviou à Assembleia Legislativa (Alego) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa instituir um novo limite para o crescimento das despesas primárias do estado. A medida é essencial para formalizar a adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), substituindo o atual Teto de Gastos vinculado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).


Segundo a Secretaria de Estado da Economia, a PEC tem caráter técnico e tem como objetivo principal alinhar a legislação estadual ao Propag, com a expectativa de que o estado ingresse no programa federal ainda em novembro de 2025.


O Novo Marco Fiscal (MFS)

A partir de 2026, a PEC institui o Marco Fiscal da Sustentabilidade (MFS), ao qual se sujeitam todos os Poderes e órgãos autônomos (Executivo, Legislativo, Judiciário, tribunais de Contas, MP e Defensoria Pública).


O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, destacou que o Propag é mais flexível que o RRF, que limita o crescimento da despesa ao valor de 2021 corrigido apenas pelo IPCA (inflação).


Pela nova regra do MFS, o limite de despesa anual (base 2021 + IPCA) terá gatilhos de ampliação:


Acréscimo de 50% da variação real positiva da receita primária, caso o estado tenha resultado primário nulo ou negativo.


Acréscimo de 70% da variação real positiva da receita primária, caso o estado tenha resultado positivo.


Polêmica da Apuração Individual

A PEC traz de volta uma regra que já foi alvo de intenso desgaste político em 2024: a apuração do Teto de Gastos de forma individualizada para cada Poder e órgão autônomo.


A proposta determina que o TCE-GO será o responsável por apurar anualmente o cumprimento do limite de despesa de cada um, além do limite global. No RRF, a apuração individual não era uma exigência federal, mas foi incluída por Goiás.


Em 2024, essa apuração individualizada feita pela Secretaria da Economia indicou que TJ-GO, Alego, DPE-GO e TCM-GO fecharam 2023 com gastos acima do limite. Embora Goiás tenha cumprido o limite global com folga, a divulgação dos números resultou em um grande mal-estar, sendo citada na carta de demissão da então secretária da Economia, Selene Peres.


O projeto, que precisa de 10 sessões para tramitar, tem expectativa de ser votado na Alego em dezembro. A mudança é crucial para que Goiás, além da flexibilidade no teto, se beneficie de melhores condições para o pagamento de suas dívidas com a União.


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