Ismael Alexandrino renuncia a cargos na cúpula do PSD em meio à crise de comando no partido

O cenário político em Goiás foi agitado nesta terça-feira (18) com a renúncia do deputado federal Ismael Alexandrino de seus cargos na cúpula do PSD. O deputado era vice-presidente do diretório estadual e presidente metropolitano da sigla.

A saída foi formalizada em ofício enviado ao senador Vanderlan Cardoso, presidente estadual do partido, e acontece em meio a um contexto de críticas internas à gestão de Vanderlan. Pessedistas têm manifestado insatisfação com o que consideram "falta de rumo e diálogo" na sigla, especialmente na definição de apoios para as próximas eleições ao governo de Goiás e nas dificuldades de formação de chapas proporcionais.

Reestruturação e Ruptura

O estopim para a decisão também envolveu a recente movimentação de Vanderlan, que substituiu o ex-deputado estadual Samuel Almeida da secretaria-geral do diretório.

Ismael Alexandrino justificou sua decisão como forma de dar liberdade ao presidente para reestruturar o partido. "O presidente (Vanderlan) quer reestruturar o partido, então eu vou cuidar da minha pré-campanha e da definição de chapa e dar a ele liberdade para fazer essa reestruturação, colocando os nomes que quiser no comando", afirmou.

No lugar de Samuel Almeida — que era recém-nomeado diretor da CelgPar e é pré-candidato a deputado estadual — entrou o ex-vereador de Anápolis, Joaquim Jacinto de Lima, o Liminha, amigo próximo de Vanderlan. Aliados do ex-secretário (Samuel) afirmam que o afastamento ocorreu por divergências políticas. Já o grupo de Vanderlan justifica a troca por Liminha ter "ampla experiência em articulações políticas e montagem de chapa".

Apesar da renúncia aos cargos, Ismael Alexandrino afirma que não cogita desfiliação por agora, mas mantém conversas com outras legendas, sobretudo o PL.

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