Esquema milionário: CPI do Jockey em SP é instalada e pode convocar Marconi Perillo

A Câmara Municipal de São Paulo instalou, nesta terça-feira, 11, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Jockey, que investigará dívidas e o uso de R$ 83,6 milhões em verbas públicas destinadas à restauração do Jockey Club. A investigação mira o possível desvio desses recursos para empresas com vínculos familiares e políticos com o conselheiro do Jockey e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. Por essa razão, o ex-governador de Goiás poderá ser convocado a depor.

A criação da CPI foi proposta e será presidida pelo vereador Gilberto Nascimento Jr. (PL). O objetivo é apurar o mau uso de incentivos fiscais dos governos federal (Lei Rouanet) e municipal, recebidos ao longo dos últimos sete anos.

Suspeitas e Vínculo com Goiás

Documentos revelados pela imprensa apontam que os valores sob suspeita incluem pagamentos a uma construtora sem existência comprovada, jantares em restaurantes de luxo e gastos que não têm relação direta com as obras de restauração do patrimônio histórico.

No centro das investigações está a produtora cultural Elysium, contratada como procuradora do Jockey. As suspeitas sobre a Elysium se intensificaram devido à sua ligação com Goiás: a produtora foi transformada em Organização Social de Cultura (OSC) por meio de um decreto assinado por Marconi Perillo em 2014, quando ele era governador do estado.

Composta por nove vereadores, a CPI realizará reuniões semanais e, já na próxima semana, deverá solicitar documentos e analisar requerimentos de convocação de testemunhas ligadas ao caso. Com a CPI do Jockey, a Câmara paulistana atinge um número recorde de seis comissões de inquérito simultâneas.

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