Eleição para diretores de escolas e Cmeis em Goiânia será em 2 de dezembro

A eleição para diretores de 147 escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) da rede de Goiânia foi marcada para o dia 2 de dezembro. O pleito contará com 201 candidatos aprovados em processo seletivo prévio, que teve 257 inscritos. A seleção, uma novidade introduzida na gestão do prefeito Sandro Mabel (União Brasil), exigiu dos postulantes um plano de gestão e participação em curso de capacitação oferecido em parceria com o Sebrae.

Inicialmente prevista para o fim de 2024, a eleição foi adiada a pedido da equipe de transição do então prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) e prorrogada por duas vezes neste ano. Com a aprovação de nova lei municipal em junho, o processo ganhou critérios técnicos adicionais, incluindo apresentação de metas pedagógicas, financeiras e administrativas.

O gerente de Planejamento e Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação (SME), Fábio Porfírio, explicou que a etapa classificatória teve duas fases. “Primeiro, os inscritos participaram de um curso de gestão. Depois, apresentaram e defenderam um plano de gestão avaliado por comissão interna”, disse. Segundo ele, a reprovação de 56 candidatos já era esperada por falhas no preenchimento de requisitos ou nas propostas apresentadas.

Conforme o edital, a campanha eleitoral ocorrerá entre 17 e 28 de novembro. O resultado será divulgado em 4 de dezembro, com prazo para recursos até o dia 5. A homologação está prevista para o dia 9, e a posse dos novos diretores deve ocorrer em 1º de janeiro de 2026, com mandato de três anos. O formato de votação foi mantido: metade dos votos cabe aos servidores e metade à comunidade escolar (pais, responsáveis e alunos a partir de 12 anos).

A proposta orçamentária da LOA 2026 prevê R$ 177,5 milhões para as emendas impositivas dos vereadores, o que representa leve aumento em relação ao ano anterior. No entanto, o valor individual por parlamentar caiu devido ao aumento no número de cadeiras da Câmara, de 35 para 37.

Modelo
Ao jornal O Popular, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), deputada Bia de Lima (PT), comentou sobre o processo seletivo prévio. Segundo ela, a etapa deveria ocorrer após a escolha dos diretores pela comunidade. “Essa dinâmica afasta bons candidatos. O correto seria a comunidade escolar eleger e, depois, o gestor passar por formação técnica obrigatória”, afirmou, ao reconhecer os pontos positivos, como a exigência de prestação de contas regular. “Se há diretor que não presta contas, deve ser eliminado do processo. Defendemos a lisura”, concluiu.

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