Coluna do Pablo Kossa: O Iphan precisa tombar alguns nomes brasileiros

Arrumei um hobby novo pra gastar meu escasso tempo livre: fuçar no site Nomes do Brasil ( https://censo2022.ibge.gov.br/nomes ). É só entrar que fico uma hora pesquisando tudo quanto tipo de nome pra ver estatísticas, em qual estado é preponderante, média de idade... Tudo muito inútil. Mas incrivelmente divertido.

 

Se você ainda não conhece o site, aprecie com moderação. Se viciar, não diga que não alertei do perigo. É por sua conta e risco.

 

Trata-se de uma iniciativa do IBGE pra mostrar estatísticas sem fim dos quase 130 mil nomes e mais de 200 mil sobrenomes que habitam certidões de nascimento dos brasileiros.

 

Como todo mundo, o primeiro que pesquisei foi o meu. São 152.518 xarás que tenho de norte a sul desse país. A média de idade é de 20 anos para Pablos. Somos jovens, tendo em vista que a média nacional é de 35 anos. E como estou mais pra lá do que pra cá, puxo a média pra cima, é claro.

 

Agora, quando o assunto é sobrenome, sou raridade. Só 38 brasileiros ostentam Kossa em sua identidade. A família é pequena.

 

Pesquisei também os nomes tidos como modinha. Enzo são 404.088 com média de 6 anos de idade. A geração Gael é ainda mais jovem: 110.946 com média de um aninho. A leva de Nina já entrou na adolescência com média de 13 anos para 12.960 garotas.

 

Olhei o nome do meu avô que completou 96 anos no último setembro. Oswaldo com W são 16.866 com média de 64 anos. Meu vô puxa esse número bem pra cima, né?

 

Olhei também o das minhas filhas. Laila tem 38.099 xarás com média de idade de 16 anos. Já a Nara compartilha o nome com 30.788 mulheres com média de 39 anos.

 

Fiquei preocupado com o fim dos Astrogildos e dos Lindolfos. São 1.805 brasileiros com o primeiro nome e 4.142 com o segundo, ambos com média de 63 anos.

 

O Iphan vai precisar tombar alguns nomes para evitar que eles sejam extintos.

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