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Goiânia, 28/11/25
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Hegon Corrêa

Governador Ronaldo Caiado reage a fala de Lula sobre megaoperação no Rio e afirma que escolha eleitoral dividirá quem apoia forças policiais e quem “fica do lado do crime”

Caiado diz que segurança pública será eixo central da disputa de 2026

05/11/2025, às 09:38 · Por Redação

O governador Ronaldo Caiado (UB) voltou a associar o debate sobre segurança pública à eleição presidencial de 2026. Em vídeo publicado nas redes sociais na noite desta terça-feira (4/11), ele reagiu a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro e afirmou que o petista “está do lado do crime”.

“Essa é a verdadeira face do Lula. O Lula agora quer criminalizar a polícia do Rio de Janeiro. Se você quiser ficar do lado do crime, fique com o Lula e o Maduro. Se você quiser ficar do lado do bem, fique conosco”, disse Caiado. O governador concluiu afirmando que a definição eleitoral será marcada pela posição dos candidatos em relação à atuação das forças de segurança. “A eleição está aí. Quem é que o Brasil deseja? Viver aquela situação comandada pelo narcotráfico ou viver com independência?”, afirmou.

Mais cedo, durante viagem a Belém (PA), Lula disse que a operação, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, precisa ser investigada. “A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança”, disse o presidente, ao defender a presença de legistas da Polícia Federal no caso. O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta quarta-feira (5/11) audiência sobre o tema.

A operação, conduzida pelo governo do Rio de Janeiro e apoiada por forças estaduais, foi considerada a mais letal da história do estado. Além dos suspeitos, quatro policiais foram mortos. O alvo da ação era a facção Comando Vermelho (CV).

Na semana passada, Caiado esteve no Rio ao lado de outros governadores alinhados à oposição federal, para demonstrar apoio ao governador Cláudio Castro (PL) e anunciar a criação do chamado “Consórcio da Paz”, que articula propostas comuns para políticas de segurança. Segundo Caiado, os governadores devem levar ao Congresso sugestões de emendas ao projeto de lei antifacção enviado pelo governo Lula.

Entre as alterações defendidas pelo governador estão: fim da audiência de custódia para réus ligados a facções, fim das saídas temporárias, aumento da fração mínima para progressão de pena, fim das visitas íntimas e o reconhecimento das facções criminosas como organizações terroristas.

Caiado voltou a criticar a proposta de emenda constitucional da Segurança Pública enviada pelo governo federal. “O governo queria tomar o comando de todas as polícias no Brasil. Nós pagamos e ele dá as ordens. A máscara caiu”, afirmou. Segundo o governador, a segurança pública ocupará posição central no debate eleitoral. “A pauta de segurança não é porque nós escolhemos, é a população pedindo”, disse.


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