Comurg realoca 178 trabalhadores para reforçar equipes de varrição em Goiânia

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) realocou 178 trabalhadores de limpeza urbana (TLUs) e de limpeza pública (TLPs) para reforçar as equipes de varrição da capital. A medida integra o plano de readequação da empresa e busca aumentar a eficiência operacional dos serviços de limpeza.

De acordo com a companhia, em etapa anterior, outros 236 servidores que atuavam nos viveiros já haviam sido transferidos para a varrição em diferentes regiões da cidade. Os funcionários realocados nesta segunda-feira (3) estavam à disposição das gerências de Infraestrutura e Transporte, em desvio de função. Eles recebiam complementos ou adicionais salariais para exercer atividades distintas das previstas em seus cargos de origem.

Com a decisão, os servidores retornam às funções para as quais prestaram concurso público, em uma ação que, segundo a Comurg, visa reduzir custos, equilibrar a distribuição de mão de obra e melhorar o rendimento das equipes.

O diagnóstico operacional da empresa apontou que algumas bases de varrição funcionavam abaixo da capacidade ideal. A reorganização pretende corrigir essas defasagens, otimizar rotas e garantir que cada dupla de varredor e catador percorra, em média, quatro quilômetros de vias por dia.

Atualmente, Goiânia conta com 38 pontos de apoio (PAs) para garis, monitorados em tempo real pela Central de Operações da Comurg. O sistema permite medir o desempenho de cada unidade e ajustar as rotas conforme a demanda. Segundo a empresa, desde a implantação da ferramenta, 19 PAs já atingiram mais de 70% de aderência às metas, o que elevou o rendimento do serviço.

Desde o início de 2025, aproximadamente 1,2 mil servidores TLUs e TLPs foram devolvidos às suas funções originais. A iniciativa, segundo a Comurg, resulta em economia com o fim dos complementos e adicionais salariais pagos a quem atuava fora de função.

O presidente da Comurg, Cleber Aparecido Santos, afirmou que a readequação é essencial para garantir o equilíbrio financeiro e operacional da empresa.

“Todas essas medidas têm como foco salvar a companhia em dois aspectos principais: torná-la economicamente viável e demonstrar que é capaz de prestar com qualidade e eficiência o serviço que é sua missão”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Ambiental, Coleta de Lixo e Similares do Estado de Goiás (Seacons), Melquisedeque Souza, disse que a entidade acompanha o processo, mas ainda não recebeu comunicado formal da Comurg.

“Parece-nos que essa realocação é apenas o retorno dos trabalhadores às funções de origem. Estamos atentos para garantir que os direitos dos empregados sejam respeitados”, afirmou.

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