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Goiânia, 28/11/25
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Divulgação - Secom Goiânia

Capital registrou até 140 milímetros de chuva entre domingo e segunda; prefeitura mantém medidas emergenciais para conter alagamentos

Chuva intensa em Goiânia supera metade da média mensal em apenas um dia

04/11/2025, às 09:52 · Por Redação

Em menos de 24 horas, Goiânia registrou mais da metade da média de chuva esperada para todo o mês de novembro. Entre a manhã de domingo (2/11) e a manhã desta segunda-feira (3/11), regiões da capital acumularam até 140 milímetros de precipitação, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). A média histórica do mês varia entre 220 e 240 milímetros.

Conforme levantamento do jornal O Popular, os maiores índices foram medidos no Setor Perim, em Campinas, com 141 milímetros, seguido por áreas do Jardins Madri, no Garavelo, com 135 milímetros. Também houve registros de 114,6 mm no Setor Sul, 108,2 mm em Campinas e 105,2 mm nas proximidades da Câmara Municipal, no Centro. Em Aparecida de Goiânia, o setor Cidade Vera Cruz registrou 146 milímetros.

A chuva provocou alagamentos, quedas de árvores e postes, além de interdições em trechos da Marginal Botafogo e da Rua 87. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) contabilizou 37 árvores caídas e 41 galhos removidos, principalmente nos setores Pedro Ludovico, Jardim América, Jardim Guanabara e Leste Universitário. Uma árvore chegou a atingir o muro de uma casa no Leste Universitário.

No Setor Pedro Ludovico, um poste caiu na Rua 1016 e precisou ser substituído pela Equatorial Energia. A empresa informou que as fortes rajadas de vento e descargas atmosféricas danificaram cabos, cruzetas e transformadores, mas o fornecimento foi restabelecido ainda na segunda-feira.

Ações
Apesar das intervenções pontuais, o período chuvoso começou antes da execução de obras estruturais para conter enchentes. O gabinete de crise da Prefeitura de Goiânia optou por fechar grandes vias em momentos de risco para evitar acidentes. A Marginal Botafogo foi interditada na noite de domingo (2/11) entre as 22h e a meia-noite, após o aumento do nível do córrego.

Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Robledo Mendonça, as equipes são acionadas assim que o Cimehgo emite alertas. “Quando o nível subiu, já fizemos o bloqueio do trânsito, inclusive via aplicativo de GPS”, disse ao Popular. Ele relatou ainda que houve transbordamento pontual da Marginal na altura da Avenida Independência, rapidamente escoado.

O prefeito Sandro Mabel (UB) anunciou em setembro a instalação de cancelas automáticas em pontos críticos da Marginal Botafogo e da Rua 87, mas a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) informou que o processo ainda está em negociação com o fornecedor. Por enquanto, a prefeitura mantém barreiras móveis nas vias mais suscetíveis a alagamentos.

A Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra) entregou no fim de semana a recuperação de trecho da Marginal na Rua 44, no Setor Norte Ferroviário, e segue com a limpeza das redes de drenagem na Rua 87, entre a Rua 90 e a Praça do Ratinho. O trecho recebeu duas novas bocas de lobo conectadas à rede pluvial.

Chuvas
O gerente do Cimehgo, André Amorim, informou que o padrão climático de novembro será de chuvas intermitentes alternadas com períodos de sol e calor. “O calor mantém as condições para formação de tempestades. A previsão é de maior regularidade das chuvas em dezembro e janeiro”, explicou. A Defesa Civil Municipal emitiu alerta laranja para os próximos dias, com risco de tempestades, rajadas de vento e descargas elétricas. 

O órgão reforçou que pode acionar o novo sistema de alerta sonoro em caso de emergência. De acordo com o prefeito, o alarme não foi acionado no fim de semana porque a situação não exigia. “Ele não pode ser tocado por qualquer coisa, senão ninguém vai prestar atenção. Quando tocar, saberão que é urgente”, afirmou Mabel.


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