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Após operação no Rio com 121 mortos, líderes estaduais se unem em iniciativa para integrar forças de segurança; Caiado defende ação mais ágil e critica governo federal
Caiado e outros cinco governadores anunciam “Consórcio da Paz” para combater o crime organizado
31/10/2025, às 13:18 · Por Redação
Governadores de seis estados anunciaram nesta última quinta-feira (30) a criação do “Consórcio da Paz”, uma aliança interestadual voltada à integração de forças de segurança e ao combate conjunto ao crime organizado. O encontro, realizado no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, ocorreu dois dias após a operação policial mais letal da história do estado, que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão.
O anfitrião, Cláudio Castro (PL), afirmou que a proposta é criar um modelo de cooperação semelhante a outros consórcios federativos já existentes, mas voltado exclusivamente à segurança pública. “Queremos dividir experiências e soluções para o enfrentamento do crime organizado e a libertação do nosso povo”, disse o governador fluminense, sugerindo que o Rio seja a sede do novo consórcio.
Além de Castro, participaram Ronaldo Caiado (UB), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Eduardo Riedel (PSDB), do Mato Grosso do Sul; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo — este de forma virtual. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, também esteve presente.
Caiado reforçou a necessidade de integração operacional imediata entre as polícias estaduais. “Queremos que as forças de segurança e inteligência possam ser utilizadas por qualquer governador em situação emergencial, sem burocracia. Isso traz agilidade e eficiência”, declarou.
O governador goiano voltou a criticar o governo federal, afirmando que a segurança pública precisa ser prioridade nacional e não palco de disputas políticas.
Na véspera, Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, haviam anunciado a criação do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, com reforço de agentes da Polícia Rodoviária Federal, vagas em presídios federais e apoio pericial. Mesmo assim, o governador fluminense reafirmou que, por ora, não vê necessidade de solicitar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
“Temos uma grande oportunidade de mudar a segurança pública com integração, diálogo e coragem”, concluiu Castro.
Ronaldo Caiado Cláudio Castro Rio de Janeiro

