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Polícia Civil prende seis suspeitos de envolvimento no assassinato de Jefferson Cury; crime teria sido motivado por disputa de herança antes da assinatura de um novo testamento
Filhos de fazendeiro bilionário são acusados de planejar sua morte em Goiás
30/10/2025, às 09:24 · Por Redação
Seis pessoas foram presas durante operação da Polícia Civil de Goiás que investiga o assassinato do fazendeiro Jefferson Cury, de 83 anos, morto em novembro de 2023, em Quirinópolis. As apurações apontam que o crime foi planejado pelos próprios filhos da vítima, com participação de funcionários e de um corretor, por disputa patrimonial. A ação policial também revelou tentativa de homicídio contra o advogado do fazendeiro, que sobreviveu ao atentado. As prisões ocorreram na terça-feira (28/10) e na quarta-feira (29/10), em cidades de Goiás e São Paulo.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão e 14 de busca e apreensão, nas cidades de Quirinópolis, Cachoeira Alta, Caçu, Pires do Rio, Itarumã, Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra, Barretos e na capital paulista. A polícia apreendeu cinco armas de fogo, sendo quatro compatíveis com o calibre usado no crime.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde, o assassinato foi arquitetado pelos filhos de Cury em parceria com um corretor. “Os filhos do Cury, o casal que trabalhava na propriedade e o filho deles, que é afilhado da vítima, planejaram a ação”, disse ao portal Mais Goiás.
O delegado informou ainda que um dos filhos do fazendeiro foi reconhecido por testemunhas como um dos executores do crime, embora não tenha disparado a arma. O afilhado da vítima, com ajuda dos pais, também teria participado da execução. Um sétimo envolvido, ainda não localizado, é apontado como o autor dos disparos. O caso é investigado no âmbito da Operação Testamento.
Crime
O crime ocorreu na noite de 28 de novembro de 2023, em uma fazenda às margens da GO-206. Segundo a investigação, dois homens abordaram a caminhonete em que estavam Jefferson Cury e seu advogado, Leonardo Ribeiro Nalesso, de 41 anos. O fazendeiro foi morto com um tiro, enquanto o advogado foi atingido duas vezes na cabeça e só socorrido no dia seguinte. Ele sobreviveu, mas ficou com sequelas.
Disputa por herança
A motivação do crime, segundo a polícia, foi a alteração de um testamento que o fazendeiro planejava assinar dias depois. Cury pretendia transferir todo o patrimônio para uma holding familiar, estrutura que retiraria os filhos da linha direta de herança e impediria que tivessem acesso automático aos bens.
Com a mudança, os herdeiros perderiam o controle sobre parte da fortuna, o que teria levado ao planejamento do assassinato. “Estamos diante de um crime de grande complexidade, envolvendo familiares e cúmplices próximos da vítima, motivado exclusivamente por ganância e disputa patrimonial”, afirmou o delegado Adelson Candeo.
A Polícia Civil segue com as investigações para localizar o sétimo suspeito e detalhar o papel de cada envolvido. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
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