Oposição a Caiado sofre debandada de prefeitos por apoio a Daniel em 2026

O número de prefeitos filiados a partidos de oposição ao governo de Goiás sofreu intensa redução ao longo dos últimos 12 meses, desde o encerramento das eleições municipais de 2024. O processo, marcado pela aproximação dos gestores municipais com o Palácio das Esmeraldas, define a ampliação da base de apoio à pré-candidatura do vice-governador Daniel Vilela (MDB) e conta também com a participação de Ronaldo Caiado (UB) na articulação.

Dos 36 prefeitos que a oposição ao governador Ronaldo Caiado elegeu em 2024, a metade já aderiu a um partido da base ou se manteve filiado, mas inclinado a apoiar o vice-governador Daniel Vilela em 2026. Com as adesões, mais de 90% dos gestores municipais vão endossar seus palanques ao emedebista no ano que vem. 

As principais defecções vêm do PL. Depois de alcançar a vitória em 26 cidades, a sigla conta agora com apenas 14 gestores filiados e tendência de pelo menos duas novas baixas, além de outros prefeitos que já anunciaram alinhamento com o vice-governador ou que consideram a migração. Já o PSDB sofreu uma baixa oficial entre os sete eleitos pela sigla, mas também corre risco de perder mais quadros com a manutenção de diálogos com articuladores do governo. O PT é o único dos partidos de oposição que deverá manter os três prefeitos eleitos.

Articuladores do governo dão como certo o apoio dos prefeitos de Novo Gama, Carlinhos do Mangão, e de Turvelândia, Osélia Lúcia. Os dois confirmaram à reportagem que têm apoio definido a Daniel e enxergam “indefinição” por parte do senador Wilder Morais (PL). Carlinhos não considera trocar de partido, enquanto Osélia analisa filiação a UB, MDB ou PRD. O governo também não tem dúvidas da parceria com o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa. O levantamento é do jornal O Popular. 

Além das 13 adesões confirmadas por meio da migração partidária, ao menos outros cinco prefeitos já têm acertos políticos com a base de Daniel definidos ou com negociações avançadas, o que define a redução pela metade dos municípios conquistados pela oposição em 2024. O principal cenário é de lideranças que já compunham a base de Caiado antes da disputa municipal, mas precisaram buscar outro abrigo para concorrer no ano passado.

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