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O ex-deputado goiano Aldo Arantes, preso e torturado durante o regime militar, considerou o ato um momento simbólico e reparado
‘Ditadura nunca mais’: Aldo Arantes vê pedido de perdão do STM como marco histórico da democracia brasileira
27/10/2025, às 18:09 · Por Redação
Durante ato ecumênico que marcou os 50 anos do assassinato do jornalista Vladimir Herzog, morto nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, fez um gesto inédito: pediu perdão às vítimas da ditadura militar. Em discurso emocionado, ela citou nominalmente nomes como o de Aldo Arantes, José Dirceu, José Genoino, Miriam Leitão e João Vicente Goulart.
“Peço perdão à sociedade brasileira e à história do país pelos equívocos judiciários cometidos pela Justiça Militar Federal em detrimento da democracia”, declarou Maria Elizabeth.
O ex-deputado goiano Aldo Arantes, preso e torturado durante o regime militar, considerou o ato um momento simbólico e reparador:
“Foi o resgate da verdade e da justiça. Uma mulher, presidente do Tribunal Militar, pedir perdão tem um significado especial. Representa um novo momento da história política do Brasil.”
Arantes relembrou os anos de perseguição e clandestinidade vividos por sua família — e avaliou o gesto como um sinal da afirmação da democracia brasileira:
“Ditadura não dá mais. O brasileiro quer aprofundar a democracia, quer novas conquistas.”
Contexto histórico
Foi a primeira vez que uma autoridade máxima da Justiça Militar pediu desculpas pelos crimes e violações cometidos durante o regime de 1964 a 1985 — um marco simbólico de reconciliação com as vítimas e suas famílias.
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