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Goiânia, 28/11/25
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Suspeito admitiu ter matado Bárbara Valim, de 28 anos, após insistir em reatar relacionamento; vítima tinha medida protetiva desde 2024

Ex-companheiro confessa assassinato de jovem em condomínio de Goiânia

26/10/2025, às 08:30 · Por Redação

O ex-companheiro de Bárbara Valim, de 28 anos, confessou ter atirado e matado a técnica de enfermagem dentro de um condomínio no Residencial Jardins do Cerrado 6, em Goiânia, no dia 18 de outubro. Em vídeo divulgado pela TV Anhanguera, o homem admitiu o crime e relatou que insistiu diversas vezes para conversar com a vítima, que havia obtido medida protetiva contra ele desde 2024.

“Eu fui lá conversar com ela, ela não quis. Tentei conversar já tem tempo, mandei mensagem e ela não aceitava. Pedi para ela tirar a medida protetiva, ela não tirou”, afirmou o suspeito.

De acordo com a Polícia Militar, o homem não aceitava o fim do relacionamento e entrou no condomínio no dia do crime para tentar uma nova conversa. Após ser impedido por Bárbara, saiu do local, mas retornou em seguida. No depoimento, ele contou que encontrou a ex-companheira ao telefone e acreditou que ela estivesse chamando a polícia.

“Aí eu fui lá, tentei conversar, depois saí do condomínio. Não sei o que deu em mim que voltei. Ela estava numa ligação, achei que era com a polícia. Tentei conversar, ela não aceitou. Hora que eu vi, eu já tinha feito”, relatou o autor, afirmando ainda que disparou a arma e deixou o local em seguida.

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), que representa o investigado, informou em nota que cumpre seu dever constitucional de defesa a pessoas sem condições de pagar advogado particular, mas não comentou o caso.

Após o crime, o suspeito fugiu e foi preso horas depois. Ele foi autuado por feminicídio, descumprimento de medida protetiva e porte ilegal de arma de fogo. Após audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

Histórico
Segundo a delegada Gabriela Adas, responsável pela investigação, o homem já havia sido preso em setembro de 2024 por agredir e ameaçar a vítima. Na ocasião, foi libertado após audiência de custódia, com imposição de medida protetiva que determinava distância mínima de 500 metros de Bárbara e de seus familiares, além da proibição de qualquer tipo de contato.

O casal teve um filho de 6 anos. Bárbara trabalhava em dois empregos, havia concluído o curso técnico de enfermagem e sonhava em terminar a faculdade de fisioterapia.

Homenagem
O Goiás Esporte Clube, do qual Bárbara era torcedora, prestou homenagem à jovem nas redes sociais na quarta-feira (23/10). O clube publicou uma arte com a imagem dela e uma mensagem de repúdio ao feminicídio.

“Quando uma mulher é assassinada, todas somos. Bárbara Valim Silva, de 28 anos, foi morta de forma covarde, sem sequer ter a chance de se defender. Nem a existência de uma medida protetiva foi suficiente para impedir que o feminicídio tirasse sua vida e deixasse dois filhos sem a mãe”, diz o texto.

Na publicação, o clube destacou que Bárbara “fazia parte da torcida, da história e da gente do Goiás” e afirmou que o luto é coletivo.


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