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Goiânia, 28/11/25
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Jardim Botânico está entre os parques que devem ser repassados à iniciativa privada pela Prefeitura de Goiânia

Goiânia amplia para 14 o número de parques em estudo para concessão à iniciativa privada

25/10/2025, às 09:54 · Por Redação

A Prefeitura de Goiânia ampliou de 11 para 14 o número de parques incluídos nos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental que avaliam a concessão de manutenção à iniciativa privada. A confirmação foi feita pelo secretário municipal de Gestão de Negócios e Parcerias, José Silva Soares Neto, que acrescentou à lista os parques Lago das Rosas (Setor Oeste), Bernardo Élis (Residencial Celina Park) e Botafogo (Setor Central). O modelo de concessão ainda será definido.

Os demais parques já contemplados nos estudos são: Areião, Vaca Brava, Jardim Botânico, Cascavel, Flamboyant, Bosque dos Buritis, Carmo Bernardes, Lagoa, Beija-Flor, Bosque Boa Vista e Fonte Nova.

A ampliação do projeto ocorre no momento em que o novo Plano Plurianual (PPA) 2026–2029, sancionado pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil), reduz em cerca de 80% os recursos destinados à manutenção de praças e parques. O valor total para o setor caiu de R$ 209,2 milhões (corrigidos pela inflação) no ciclo anterior para R$ 43,6 milhões no próximo quadriênio.

Durante evento de comemoração ao aniversário de Goiânia, Mabel afirmou que a transferência da gestão dos parques para a iniciativa privada tem como objetivo equilibrar o orçamento municipal e garantir a conservação dos espaços. “Vamos fazer algo parecido com o ‘esquema Robin Hood’: quem assumir um parque de grande porte também cuidará de outro menor. Nunca haverá cobrança de ingresso nem cercamento, mas as empresas poderão explorar espaços de convivência e alimentação, em troca da manutenção completa do local”, explicou ao jornal O Popular.

O prefeito afirmou ainda que os recursos economizados com a concessão serão destinados à estruturação de outras unidades. “Goiânia tem 72 áreas de preservação, e metade ainda não possui infraestrutura básica. Queremos que todas tenham pista de caminhada, aparelhos de ginástica e mais segurança”, disse.

O secretário José Neto informou que os estudos são conduzidos por um verificador independente e que os modelos de gestão serão definidos de forma individual. “Cada parque tem suas particularidades. A concessão não altera o uso público: a população continuará tendo acesso gratuito. As contrapartidas estarão vinculadas às atividades que gerarem receita, como eventos e alimentação”, afirmou.

Segundo ele, o modelo deve prever a associação de parques de perfis diferentes. “A ideia é vincular um parque de grande visibilidade, como o Flamboyant, a outro de menor atratividade, como o Fonte Nova, para garantir equilíbrio financeiro.”

As empresas poderão explorar áreas de convivência e instalar quiosques e cafés, mediante metas de manutenção, segurança e preservação ambiental. A Prefeitura também avalia a inclusão do direito de nome — naming rights —, permitindo que empresas patrocinem a gestão em troca de associar sua marca ao local.

José Neto destacou que não há privatização nem cobrança de ingresso. “O controle e a fiscalização continuarão com o poder público. Trata-se de concessão temporária, voltada à eficiência administrativa, sem perda do caráter público dos parques”, explicou.

Os estudos devem ser concluídos até o início de 2026, com lançamento das primeiras licitações ainda no primeiro semestre. Se o cronograma for cumprido, as concessões poderão começar a operar antes de 2027, quando os recursos municipais destinados às áreas verdes começarão a diminuir.

De acordo com o secretário, o levantamento segue em andamento e pode incluir novas unidades. “Outros parques poderão ser incorporados, conforme a viabilidade técnica e ambiental de cada caso”, afirmou.


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