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Goiânia, 28/11/25
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Sessão do Tribunal do Júri foi adiada após uma jurada passar mal durante depoimento da filha da vítima; caso tramita há mais de três anos

Julgamento de ex-genro acusado de matar farmacêutico é remarcado para janeiro

19/10/2025, às 08:14 · Por Redação

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) remarcou para o dia 19 de janeiro de 2026 o julgamento de Felipe Gabriel Jardim, acusado de matar o ex-sogro João do Rosário Leão dentro de uma farmácia no Setor Bueno, em Goiânia. A decisão foi tomada pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri, após a sessão da última terça-feira (15/10) ser interrompida por causa de um mal-estar de uma jurada.

Segundo o despacho, o magistrado também dispensou o depoimento de Kennia Yanka, filha da vítima e ex-namorada do réu, na próxima sessão. Durante o julgamento cancelado, Kennia prestava depoimento quando uma jurada, de cerca de 25 anos, teve uma crise de ansiedade e precisou de atendimento médico.

De acordo com o advogado da família de João do Rosário e assistente de acusação do Ministério Público, Emanuel Rodrigues, o episódio ocorreu em meio a um momento de tensão. Ele afirmou que perguntas feitas pela defesa durante o depoimento foram “desrespeitosas” e que o juiz deveria ter interrompido o julgamento antes do incidente.

“Foi um momento de forte emoção. A sessão já estava tensa, e o adiamento apenas após a jurada passar mal demonstra falta de sensibilidade com as partes envolvidas”, afirmou Rodrigues ao jornal O Popular. O advogado também manifestou preocupação com a possibilidade de soltura do acusado diante do novo adiamento.

O crime ocorreu em junho de 2022. Segundo as investigações, Felipe Gabriel Jardim entrou armado na farmácia pertencente ao ex-sogro e disparou contra ele. João do Rosário foi atingido na cabeça e levado ao hospital, mas morreu pouco depois. O acusado foi preso dois dias após o homicídio.

A Polícia Civil concluiu que o crime foi motivado por desentendimentos entre Felipe e a ex-namorada. O réu responde por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Esta será a segunda tentativa de levar o caso a julgamento, que tramita há mais de três anos na Justiça goiana.


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