Moradores do Setor Sul denunciam ataques de cães soltos; mais de 40 gatos foram mortos

Moradores do Setor Sul, em Goiânia, relatam uma situação que se arrasta desde 2024: dois cães — um chow-chow e um vira-lata — circulam livremente pelas ruas do bairro, atacando animais e, em alguns casos, pessoas. Segundo estimativa da protetora independente Renata Borges, mais de 40 gatos foram mortos desde o início dos registros de ataques.

O caso mais recente ocorreu no dia 7 de outubro, quando a cadela Catarina foi atacada pelos dois cães enquanto passeava com a tutora, a psicóloga Júlia Perillo. “A chow-chow pegou a Catarina pelas costas, chacoalhou-a e só soltou quando eu comecei a gritar e policiais vieram me ajudar”, contou Júlia ao Mais Goiás.

A psicóloga registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia de Goiânia no dia seguinte. Catarina chegou a ser atendida em uma clínica veterinária, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em 9 de outubro. Os policiais que prestaram socorro, da Polícia Penal, acompanharam Júlia até o endereço da tutora dos cães. “Ela disse que os cachorros haviam fugido no momento em que abriu o portão, mas todos os vizinhos sabem que ela os solta de propósito. É algo recorrente”, afirmou.

Um grupo de WhatsApp criado por moradores passou a reunir denúncias e registros dos ataques. Imagens de câmeras de segurança mostraram os mesmos dois cães próximos aos locais onde gatos foram mortos. “Ela chegou a dizer que o problema era o portão, então fizemos uma vaquinha para ajudá-la a consertar. Mesmo assim, dias depois, os cachorros voltaram a ser soltos”, relatou Renata Borges.

A tutora dos animais, uma mulher de cerca de 25 anos, foi intimada a prestar depoimento na 1ª Delegacia de Polícia no dia 17 de setembro. Na ocasião, comprometeu-se a manter os cães em casa, mas segundo os vizinhos, o compromisso não foi cumprido.

Após novo descumprimento, ela foi novamente intimada, desta vez pela Justiça, para audiência preliminar nos Juizados Especiais Criminais de Goiânia, marcada para o dia 7 de novembro. Enquanto isso, os moradores cobram medidas mais rígidas para garantir a segurança da vizinhança e evitar novos ataques.

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