Mais de 57 mil barragens em Goiás entram em alerta com chegada das chuvas

Com a aproximação do período chuvoso, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) e a Defesa Civil estadual iniciaram uma operação conjunta para reforçar o monitoramento e as ações preventivas em barragens. O objetivo é preparar os órgãos para possíveis ocorrências e minimizar riscos à população.

Segundo o superintendente de Fiscalização e Controle Ambiental da Semad, Marcelo Sales, Goiás tem mais de 57 mil barragens cadastradas, a maioria de pequeno porte e destinadas à irrigação ou à dessedentação animal em áreas rurais. “Muitas são antigas e não têm projeto técnico nem acompanhamento de engenheiro, o que aumenta nossa preocupação”, afirmou ao jornal Opção.

Sales explicou que as maiores estruturas recebem atenção redobrada, como a barragem do João Leite, em Goiânia, e a de Niquelândia, que tem mais de 70 metros de altura. “Não é porque há risco, mas pelo tamanho e pela importância delas”, disse.

De acordo com o superintendente, a Semad tem orientado os proprietários a realizarem manutenções preventivas antes das chuvas mais intensas. “Neste período, alertamos todos os empreendedores para que liberem os extravasores, que às vezes ficam obstruídos na seca. Quando as chuvas chegam, o volume de água aumenta e, se o extravasor estiver entupido, há risco de transbordamento”, explicou.

Ele reforçou que o momento é de medidas pontuais. “Agora não há tempo para grandes obras. É preciso realizar pequenas intervenções para garantir o fluxo da água da chuva que vai chegar”, afirmou.

A Semad destacou que a segurança das barragens é responsabilidade dos proprietários ou operadores, enquanto o órgão atua na fiscalização e no acompanhamento técnico.

A Defesa Civil, por sua vez, coordena as ações de resposta em caso de incidentes e recomenda que qualquer sinal de risco ou rompimento seja comunicado pelo telefone 193, para que as equipes possam agir de forma imediata.

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