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Poder Goiás
Goiânia, 17/10/25
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Com inauguração do sistema secundário, eficiência da Estação Dr. Hélio Seixo de Britto deve alcançar até 92% na remoção de matéria orgânica

ETE de Goiânia conclui projeto e passa a operar tratamento biológico de esgoto

17/10/2025, às 10:19 · Por Redação

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Dr. Hélio Seixo de Britto, localizada no Setor Goiânia 2, concluiu a implantação da segunda etapa de seu projeto original, iniciando o tratamento biológico do esgoto da capital. Inaugurada em 2003, a unidade operava apenas o tratamento primário, o que limitava a eficiência média a cerca de 50% na remoção da matéria orgânica.

A nova fase, foi inaugurada nesta sexta-feira (17/10), introduz o tratamento secundário, com o uso de lodos ativados. Segundo a Saneago, responsável pela operação, “o efluente é encaminhado a tanques de aeração, que fornecem oxigênio para microrganismos que promovem o tratamento, estabilizando a matéria orgânica. Depois, passa por decantadores onde o lodo é separado da parte líquida, e o efluente tratado segue para o Rio Meia Ponte”.

O sistema entrou em operação assistida em julho e já alcançou 80% de eficiência, segundo a companhia, com expectativa de superar 90% nos próximos meses. “Por ser um sistema biológico, o alcance da eficiência é gradual, pois depende da adaptação dos microrganismos ao meio”, informou a Saneago ao jornal O Popular.

O engenheiro sanitarista e professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) Marlon Capanema explicou que a evolução da eficiência é natural nesse tipo de processo. “Os microrganismos precisam de tempo para se adaptar. O tratamento secundário é uma etapa a mais, que torna o efluente mais limpo e reduz a poluição no rio”, afirmou.

A obra, executada pela Saneago, teve custo total de R$ 133,2 milhões, o maior investimento da companhia em uma única estação. Desse montante, R$ 78,6 milhões foram previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas apenas R$ 45,9 milhões foram repassados pela União. A empresa arcou com R$ 87,3 milhões de recursos próprios e aguarda reembolso de R$ 32,7 milhões.

Com o novo sistema, a eficiência da ETE deve chegar a até 92%, dentro dos parâmetros exigidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que estabelece mínimo de 60% de remoção da carga orgânica ou até 120 mg/L de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).

A Saneago informou que o tratamento biológico trará melhoria significativa para o Rio Meia Ponte. “Com a redução da carga orgânica e da turbidez do efluente, há ganho direto na oxigenação do rio e nas condições ecológicas”, afirmou a empresa.

A ETE de Goiânia é a maior do Estado e, segundo a companhia, representa um marco no saneamento da Região Metropolitana, elevando o nível de tratamento do esgoto produzido na capital e reduzindo o impacto ambiental no principal curso d’água que abastece a cidade.


ETE Inauguração Saneago Governo de Goiás,
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