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Ex-governador de Goiás José Eliton reaparece após três anos fora da vida pública e defende fortalecimento de uma frente progressista no Estado
Marconista José Eliton aposta em vitória de Lula no 1° turno
17/10/2025, às 09:27 · Por Redação
Três anos após deixar a vida pública, o ex-governador de Goiás José Eliton reapareceu com um discurso moderado e de defesa do governo federal. Sem partido desde que se desfiliou do PSB, o ex-tucano afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve vencer as eleições de 2026 ainda no primeiro turno.
Em entrevista ao podcast Domingos Conversa, José Eliton avaliou que o Brasil vive “um momento de serenidade política”, sustentado, segundo ele, pela recuperação econômica e pela retomada do diálogo institucional. “O governo Lula recolocou o país no eixo do diálogo e vem consolidando avanços sociais e econômicos que explicam a popularidade do presidente”, disse.
O ex-governador, que foi vice de Marconi Perillo (PSDB) e seu sucessor no governo estadual, fez críticas ao antigo aliado. “Admiro o Marconi, mas ele cometeu equívocos e hoje descarta composição. A política evolui, e o cenário atual torna pouco provável uma aliança. O fundamental é que o Brasil continue a avançar e não retroceda”, afirmou.
Eliton explicou que sua reclusão desde 2022 foi motivada pelo desejo de se dedicar à família e à advocacia, mas reconheceu que voltou a ser procurado por lideranças políticas. Ele contou que participou, naquele ano, da articulação nacional que apoiou a chapa Lula-Alckmin. “Acreditei que era necessário reencontrar o caminho do desenvolvimento e da pacificação política. Apoiei o presidente Lula e tenho convicção de que o país fez a escolha certa”, declarou.
Ao avaliar o cenário eleitoral, o ex-governador disse acreditar em vitória de Lula no primeiro turno. “As pesquisas mostram o presidente como favorito. O candidato de oposição terá de discutir soberania, democracia, economia e saúde. O governo tem entregado resultados e isso se refletirá nas urnas”, afirmou.
Sobre Goiás, Eliton destacou que o campo progressista precisa se organizar com antecedência para 2026. “Há nomes qualificados como Adriana Accorsi, Mauro Rubem, Edward Madureira e vereadora Aava Santiago. O importante é construir um projeto maduro, que dialogue com a sociedade e mobilize alianças. O erro de 2022 foi deixar a candidatura para a última hora”, avaliou.
Apesar de negar planos eleitorais, o ex-governador admitiu que pode voltar à disputa no futuro. “Na fotografia de hoje, não sou candidato. Estou focado na vida privada, mas a política é dinâmica e tudo pode mudar”, disse.
Eliton defendeu ainda que a política volte a priorizar o debate de ideias. “O Brasil precisa eliminar fake news, a agressividade e os ataques pessoais. É hora de maturidade política e de buscar justiça social e tributária. Divergir não dá o direito de agredir”, afirmou.
Ao final, o ex-governador resumiu sua posição. “Caminharia com o candidato progressista que represente ideias modernas, sem radicalização. O país precisa de crescimento com distribuição de renda e de políticas públicas que alcancem os mais simples. Esse é o caminho que defendo”, concluiu.
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