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Bruno Spada/Câmara dos DeputadosA Câmara aprovou, por 268 votos a favor e 167 contra, a sustação do processo que Gayer responde por calúnia, injúria e difamação
Decisão da Câmara que suspende processo contra Gayer é indevida, diz defesa de Vanderlan
16/10/2025, às 11:39 · Por Redação
A decisão do Plenário da Câmara dos Deputados de suspender o
andamento da ação penal contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) no
Supremo Tribunal Federal (STF) foi criticada pelo advogado Pedro Paulo de
Medeiros, que representa o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). A defesa do
senador afirmou que a medida foi utilizada de forma indevida e que
"liberdade de expressão não é licença para ofender".
Na noite de quarta-feira, 15, a Câmara aprovou, por 268
votos a favor e 167 contra, a sustação do processo que Gayer responde por
calúnia, injúria e difamação. O deputado havia chamado Vanderlan de
"vagabundo" em um vídeo.
O advogado de Vanderlan, em nota à imprensa, destacou que
existem "fundamentos jurídicos sólidos para a procedência da ação
penal" e que o uso do dispositivo constitucional neste caso é perigoso.
“Respeitamos o instituto e sua importância. Discordamos,
contudo, de sua utilização neste caso, pois banalizá-lo como escudo para
ofensas e acusações criminosas distorce sua razão de existir e abre precedente
perigoso para a vida pública”, afirmou Pedro Paulo de Medeiros.
A decisão da Câmara suspende o processo até o fim do mandato
de Gayer, mas, segundo a defesa de Vanderlan, não encerra a ação, apenas a
adia. O advogado reforçou que "sustação não é absolvição" e que o
processo será retomado ao término do mandato.
A sustação do processo, baseada no artigo 53 da Constituição
Federal, é a segunda vez que a Câmara utiliza o dispositivo neste ano. A
primeira foi em favor do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), também aliado de
Jair Bolsonaro.
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