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Dalcimar Rodrigues da Silva, de 55 anos, realizou o exame pelo SUS em uma clínica particular; caso é investigado por autoridades de saúde
Diarista morre após ter o intestino perfurado durante colonoscopia em clínica de Aparecida de Goiânia
16/10/2025, às 09:56 · Por Redação
A diarista Dalcimar Rodrigues da Silva, de 55 anos, morreu dois dias após realizar uma colonoscopia em uma clínica particular de Aparecida de Goiânia. Segundo o atestado de óbito, a causa da morte foi “infecção generalizada na região abdominal” e “abdome agudo perfurativo”. O procedimento foi feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no dia 6 de outubro, e a paciente morreu no dia 8.
Conhecida entre familiares e amigos por se cuidar e manter hábitos saudáveis, Dalcimar era casada, mãe de dois filhos e avó de uma neta. Ela foi encaminhada para o exame na Clínica Cemed, que integra a rede privada, mas presta atendimento por meio do SUS.
De acordo com o marido da vítima, Edmar Moraes, o exame demorou mais que o normal. “Eu vi uma correria lá dentro e sabia que minha esposa foi a primeira a ser atendida. Esse exame, pelo que sei, demora de 25 a 30 minutos. Ela entrou às 13h. Eram quase 15h e ela ainda estava lá dentro”, relatou.
Após complicações durante o procedimento, a diarista foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia, onde morreu dois dias depois.
Em nota ao jornal O Popular, a Clínica Cemed informou que o médico responsável pelo exame não possui vínculo contratual com o estabelecimento e que “a clínica está colaborando integralmente com as autoridades competentes”.
O Ministério da Saúde confirmou que o profissional atuava no Programa Agora Tem Especialistas, e que foi afastado das funções enquanto o caso é apurado. A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) solicitou à clínica a suspensão da agenda do médico até nova determinação.
Segundo o ministério, os profissionais do programa são selecionados por edital e precisam ter registro ativo. O nome do médico não foi divulgado.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, também por nota, que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas sob sigilo.
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