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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Decisões administrativas, judiciais e políticas adotadas por lideranças petistas têm impactado diretamente áreas essenciais
Decisões do governo Lula prejudicam Goiás e expõem estratégia eleitoral do PT
13/10/2025, às 18:34 · Por Redação
As últimas ações do governo federal e do Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás revelam um padrão político que atravanca o desenvolvimento do Estado e antecipa o clima da disputa eleitoral de 2026. Decisões administrativas, judiciais e políticas adotadas por lideranças petistas têm impactado diretamente áreas essenciais, como saúde, infraestrutura e investimentos, reforçando a percepção de que o partido age de forma coordenada, contra o estado.
Na saúde, a falta de regularidade e transparência nos repasses da União para o Sistema Único de Saúde (SUS) levou o governo de Goiás a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF). A Ação Cível Originária (ACO), protocolada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), aponta que a União deixou de repassar mais de R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos.
O desequilíbrio ocorre em um momento de expansão da rede estadual, com a abertura de novos hospitais e policlínicas, entre eles o Complexo Oncológico de Referência (Cora), inaugurado em junho e voltado ao tratamento de crianças com câncer. Enquanto o Estado amplia o atendimento, o subfinanciamento federal compromete o funcionamento do sistema e pressiona as contas públicas estaduais.
Na infraestrutura, a atuação do PT também tem gerado impasses. Na última sexta-feira, 10 de outubro, o diretório nacional do partido obteve no STF uma liminar concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, suspendendo parte das obras do Fundeinfra, programa estadual que financia rodovias com recursos do agronegócio. A decisão, considerada pelo governo goiano como um entrave ao desenvolvimento, interrompeu projetos estratégicos de escoamento da produção e integração regional.
O bloqueio de investimentos se estende a outras áreas, e atinge até municípios. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), aguarda a liberação de US$ 120 milhões do Banco dos Brics, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), para obras estruturais, um processo que segue paralisado há meses. Situação semelhante ocorreu em abril de 2024, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vetou um empréstimo de R$ 777 milhões solicitado por Goiás ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destinado a investimentos em infraestrutura.
Esses episódios reforçam a percepção de que decisões técnicas passaram a ser politizadas, transformando Goiás em palco antecipado da disputa de 2026, um cenário que já produz efeitos concretos e negativos sobre a vida da população goiana.
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