Primos da família Rassi morrem em dias consecutivos em Goiânia

A morte de Mônica Moura Rassi, de 68 anos, e Alberto Rassi Júnior, de 70, com um dia de diferença, comoveu familiares e amigos em Goiânia. Primos de primeiro grau, eram filhos dos fundadores do Hospital Rassi, referência histórica da medicina em Goiás.

Alberto, filho do médico Alberto Rassi, seguiu os passos do pai e se especializou em cirurgia geral. Segundo o primo Nelson Rassi, ele era conhecido por seu trabalho voluntário. “Parte do trabalho profissional dele, ele dedicava ao pessoal carente, atendia de graça em instituições de caridade, Santa Casa. Era muito desligado dessa parte material”, disse.

O médico morreu na quinta-feira (9/10), em decorrência de complicações de uma doença crônica que o debilitava há anos. O irmão Rubens Rassi destacou as qualidades pessoais e profissionais de Alberto. “Meu irmão era um bom amigo, bom filho e excelente profissional. Tratava o doente com respeito e atenção. Ele não teve filhos e era viúvo há três anos”, afirmou.

Mônica, filha do médico Luiz Rassi, formou-se em música, psicologia e direito e trabalhou como defensora pública em Goiás. Após a aposentadoria, passou a se dedicar à fé e à vida religiosa. Ela morreu na quarta-feira (8/10), após sofrer um aneurisma de aorta. “A paixão da Mônica era o nosso pai. Ela nunca falava dele no passado. Como não teve filhos, se apegou aos dois sobrinhos”, disse o irmão Luiz Rassi Júnior.

Os dois foram velados na Igreja Ortodoxa Antioquina de São Nicolau e sepultados no Cemitério Municipal Santana, onde também estão enterrados os pais.

Homenagens
O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), gestor do Hospital Estadual Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG), lamentou as mortes e destacou a importância da família para a medicina goiana. O Conselho Regional de Medicina (Cremego) e a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) também emitiram notas de pesar.

“A família Rassi ocupa lugar singular na história da medicina em Goiás”, afirmou o Idtech. O Cremego se solidarizou com colegas e familiares, enquanto a DPE-GO destacou o legado da defensora: “Neste momento de profunda dor, desejamos forças para suportar a saudade e a tristeza.”

Legado familiar
Os médicos Luiz e Alberto Rassi, pais dos dois primos, fundaram o Hospital Geral de Goiânia, atual HGG, inaugurado em 1959. A unidade se tornou referência em atendimento de média e alta complexidade e em formação médica, com programas de residência em diversas especialidades.

Luiz Rassi morreu em 2016, aos 96 anos, deixando como herança uma trajetória marcada pelo serviço público e pela consolidação da saúde em Goiás. O legado da família segue reconhecido por instituições e profissionais da área médica em todo o estado.

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