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Goiânia, 14/10/25
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Alex Malheiros

Prefeito Sandro Mabel comemora rejeição de projeto que tentava sustar decreto de calamidade financeira e diz que vereadores começam a “enxergar” manobras políticas

Paço vê em vitória na Câmara reestruturação da base aliada

10/10/2025, às 09:07 · Por Redação

A votação que manteve em vigor o decreto de calamidade financeira de Goiânia foi interpretada pelo prefeito Sandro Mabel (UB) como um sinal de fortalecimento da base aliada na Câmara Municipal. O plenário rejeitou nesta quinta-feira (9/10) o projeto do vereador Igor Franco (MDB), que buscava sustar os efeitos da medida. O resultado — 27 votos contrários e 7 favoráveis — ocorreu um dia após a proposta ter avançado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Para Mabel, a decisão demonstra que parte dos vereadores compreendeu as tentativas de desgaste político ao governo. “A nossa base está enxergando que algumas pessoas estão se movimentando querendo prejudicar a minha administração. Todos entenderam e, por isso, derrubaram esse decreto, que não ia prosperar, era inconstitucional”, afirmou o prefeito ao jornal O Popular, ao acrescentar que “foi uma vitória importante para mostrar à base a necessidade de união”, concluiu.

O presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), também classificou o resultado como uma vitória política do Paço. Ele destacou o papel do líder de governo, Wellington Bessa (DC), e negou que a votação tenha sido influenciada pelo temor de judicialização. “É direito do Paço judicializar matérias que entenda necessárias. Essa resposta do plenário não tem relação com isso, mas com a formatação da base que o líder vem conduzindo”, disse.

A decisão veio após semanas de tensão entre o Executivo e o Legislativo. No fim de agosto, Mabel visitou a Câmara fora da agenda oficial e se reuniu com Policarpo, Henrique Alves (MDB) e Thialu Guiotti (Avante) para discutir a reorganização da base. À época, o prefeito buscava evitar a instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e demonstrou insatisfação com vereadores que pressionavam por cargos e indicações na Prefeitura.

Na véspera da votação, Mabel recebeu uma sondagem, por meio de um interlocutor, de que Igor Franco estaria disposto a arquivar o projeto em troca de um acordo político. Segundo o prefeito, ele recusou a proposta e optou por levar o texto ao plenário “para medir quem realmente está com a Prefeitura”.

Apesar de cético quanto ao avanço da proposta, Mabel foi alertado por aliados sobre a possibilidade de ela ser pautada. A estratégia do Paço foi convencer vereadores de que revogar a calamidade poderia gerar um novo impasse político e prejudicar a liberação de emendas. 


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