Coluna do Pablo Kossa: Virginia é uma máquina de cliques e engajamento

Virginia faz isso, Virginia faz aquilo, Virginia dança, Virginia separa, Virginia flerta, Virginia, Virginia, Virginia.. A empresária e influencer parece exercer onipresença no Brasil de hoje.

Eu, desculpe fãs Wepink, acho isso bem chatão. Se os Mutantes pediam ao senhor sol para lhes dar de volta a Virginia, eu faço o contrário: por favor, senhor sol, leve embora essa Virginia.  

Mas se pra mim é enfadonho, não posso negar que na lógica do capital ela é um fenômeno. Vida de celebridade sempre gerou interesse. Por conseguinte, audiência. E, é claro, grana.

Minha bolha é distante dos universos em que Virginia circula. Sua figura chegou em mim com força depois da presença no Congresso na CPI das Bets. Se mesmo alguém mais por fora que umbigo de vedete como eu sua persona alcançou, imagino o quão ostensiva não deve ser a presença de Virginia nas novas gerações.

Não se trata de fenômeno novo a vontade de saber da vida de famosos. Lembre-se do quão explorado foi o caso de Garrincha e Elza Soares pelas revistas de fofoca da década de 1960. E essa devassa intrusiva não é algo exclusivamente brasileiro: a existência do TMZ nos EUA e dos infames tabloides britânicos que sobrevivem graças às fofocas provam que o mundo inteiro se interessa na vida alheia.

O fato é que celebridade sempre gerou interesse. Pode ser da política, do esporte, da arte, da moda...

Virginia sabe capitalizar o mundo das novas mídias. E está hoje na crista da onda que já foi ocupada por tantas outras, quando outras mídias eram hegemônicas. Que ela saiba surfar essa onda até que ela se desmanche na areia. Pois o novo sempre vem. Depois de um tempo, menos e menos pessoas vão querer saber se ela tomou ou não um chifre do Vinícius Júnior ou de qualquer outra coisa que a envolva. Até isso acontecer, ela nada de braçada em seu momento.

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