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Goiânia, 14/10/25
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Em apenas um mês, novas gestoras retomam partos, cirurgias e exames que estavam interrompidos; SMS promete controle mais rigoroso e edital definitivo até o fim do contrato emergencial

Após 12 anos, maternidades de Goiânia mudam de gestão e passam por reestruturação completa

07/10/2025, às 09:40 · Por Redação

Depois de mais de uma década sob responsabilidade da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), as maternidades municipais de Goiânia iniciaram uma nova fase. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) decidiu encerrar o modelo de gestão unificada e adotar um formato com três organizações sociais (OSs) distintas, cada uma especializada em um perfil de atendimento.

A mudança, oficializada por meio de contrato emergencial, rompeu uma parceria firmada em 2012 entre a Fundahc, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a própria SMS, que abrangia a Maternidade Dona Íris, a Maternidade Nascer Cidadão e o Hospital e Maternidade Célia Câmara.

Segundo o assessor técnico da SMS, Dr. Frank Cardoso, a decisão foi tomada diante de falhas recorrentes na prestação de serviços.

“O serviço vinha sofrendo interrupções constantes, com risco de paralisação e até fechamento de unidades. Houve situação em que o atendimento de urgência ficou suspenso por horas até conseguirmos enviar anestesista para garantir o funcionamento”, relatou.


Três gestoras, três perfis

Com a nova configuração, cada unidade passou a ser administrada por uma OS com especialização compatível ao seu nível de complexidade:


Unidade Perfil Nova gestora

Maternidade Dona Íris Alta complexidade Instituto Patris

Hospital e Maternidade Célia Câmara Perfil hospitalar robusto Sociedade Beneficente São José (SBSJ)

Maternidade Nascer Cidadão Baixa complexidade Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB)


“Deixamos o modelo de uma única entidade para adotar três, com capacidade técnica ajustada à realidade de cada maternidade”, explicou Cardoso.


Primeiros resultados

Em apenas 30 dias sob nova administração, os indicadores mostram recuperação do atendimento: foram 645 partos realizados, mais de 3 mil atendimentos de urgência e emergência, 1,5 mil consultas e exames ambulatoriais e cerca de 700 internações.

As cirurgias eletivas — que estavam paralisadas — também foram retomadas, incluindo procedimentos em ginecologia, mastologia e pediatria.

“Estamos atendendo as filas de espera e ampliando serviços como mamografias, exames citopatológicos e inserção de DIU, que estavam parados”, completou o assessor.


Nova fase

O contrato emergencial, com validade de seis meses, foi elaborado com base no edital anterior, o que limitou ajustes técnicos. A SMS, no entanto, já prepara um novo edital definitivo, com metas atualizadas e mecanismos de controle mais rigorosos.

“Desta vez teremos indicadores claros e acompanhamento efetivo das entregas. O monitoramento anterior era muito frágil”, afirmou Cardoso.

A expectativa é que o novo modelo traga maior eficiência e estabilidade às maternidades da capital, encerrando um ciclo de instabilidade que marcou os últimos anos da parceria com a Fundahc.


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