Coluna do Pablo Kossa: Prefeitura erra feio ao se desfazer do Cine Ouro

 Tem coisas que a gente lê e que, de tão surreal, tem que parar e voltar pra ler de novo: “será que foi isso que eu entendi mesmo?”. Foi o que aconteceu quando li a matéria informando que a Prefeitura de Goiânia vai entregar o Cine Ouro para economizar pouco menos de R$ 30 mil mensais.

 

Oi? Como assim?

 

Para uma cidade do porte de Goiânia, R$ 30 mil por mês é dinheiro de pinga. Não pode nunca ser usado como argumento pra nada. É cair no ridículo seguir por essa linha.

 

O importante cinema goianiense estava moribundo. Ganhou novamente vida cultural na gestão de Iris Rezende e se transformou em point do Setor Central. Quando gerido pelo gigante Carlos Brandão, a agenda do local era de segunda a segunda. Mostras de cinema, festivais de teatro, shows musicais e um aprazível café que juntava a mais interessante fauna da cidade na Galeria do Cine Ouro.

 

É um desperdício monumental devolver aquele nobre espaço goianiense por quase nada. É sério mesmo que vão deixar ali se transformar em mais uma igreja? Já não basta termos perdido o Cine Capri, o Casablanca e tantos outros?

 

Agora que a Rua 8 voltou a ser um local de grande apelo popular, o Cine Ouro poderia voltar ao seu esplendor.

 

Prefeito Sandro Mabel, não permita que isso aconteça na sua gestão. É muito pouco investimento e que pode dar muito retorno pra cidade. Já está provado por anos e anos de atividade que é viável. Basta uma gestão eficiente que o local ganha tração e agenda novamente.

 

E se o secretário de Cultura Uugton Batista está com dificuldade de organizar o Cine Ouro, o Brandão poderia lhe ser muito útil.  

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