‘Taxa do Lixo’ ajuda Prefeitura de Goiânia a reduzir déficit com Comurg

A cobrança da Taxa de Limpeza Pública (TLP), conhecida como “Taxa do Lixo”, tem se mostrado um alívio para os cofres da Prefeitura de Goiânia. Segundo o Portal da Transparência, a taxa garantiu R$ 13,8 milhões ao Paço Municipal nos três primeiros meses de vigência, entre julho e setembro. Esse valor contribui para a recuperação financeira da gestão e ajuda a cobrir os custos operacionais da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que está em processo de reestruturação.

O tributo, que começou a ser cobrado na gestão do prefeito Sandro Mabel (União Brasil), teve uma arrancada notável: a arrecadação de julho foi de apenas R$ 700 mil e, em setembro, saltou para R$ 13,8 milhões, um crescimento expressivo que reacende o embate político na capital. Recentemente, a Câmara Municipal aprovou, em primeiro turno, o projeto do vereador Lucas Vergílio (MDB) que propõe a revogação da cobrança. A votação terminou com 20 votos favoráveis e 12 contrários.

O prefeito Sandro Mabel, por sua vez, defende a legalidade da taxa e alerta para as consequências de sua revogação. "Eu não quero cobrar não. É o governo federal que impõe. Se cair, os vereadores vão responder por improbidade", afirmou Mabel.

O prefeito também busca renegociar o contrato com a Comurg, que vence em 19 de outubro. A Prefeitura estuda um aditivo para o contrato, com a intenção de concluir os ajustes técnicos de um novo contrato, previsto para durar 20 anos e custar até R$ 50 milhões por mês. A despesa efetiva com a Comurg, no entanto, deve ficar entre R$ 30 milhões e R$ 35 milhões mensais. Mabel mandou um recado aos vereadores, afirmando que a "época de contratos milionários e secretarias loteadas acabou", e que ele irá cumprir a lei.

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