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Pesquisa aponta aumento acima da inflação; Procon exige transparência e planilhas de custos detalhadas para evitar abusos
Mensalidades escolares em Goiás terão reajuste próximo de 10% em 2026
01/10/2025, às 09:52 · Por Redação
As escolas particulares de Goiás devem aplicar reajuste entre 9,5% e 9,8% nas mensalidades do ano letivo de 2026, segundo levantamento realizado pela Explora Pesquisa, ligada ao Grupo Rabbit. O índice, apurado em 21 instituições do estado, é o dobro da inflação acumulada em 12 meses em Goiânia, de 4,85%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O Procon Goiás já se reuniu com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe) para alinhar regras de transparência. As instituições precisarão disponibilizar planilhas detalhadas, justificando os aumentos a partir de custos com folha de pagamento, aluguel, manutenção e demais despesas operacionais. Esse documento deve ser entregue até 45 dias antes do início das aulas.
Na última virada de ano, o reajuste médio ficou em 9,5%, mas o setor registrou queda na lucratividade, de 14% em média, com maior impacto na educação infantil. Segundo Christian Rocha Coelho, do Grupo Rabbit, as escolas ainda sentem os efeitos dos descontos concedidos durante a pandemia.
Para o presidente do Sepe, Flávio Roberto de Castro, não há índice único, pois cada escola tem custos específicos. “Elas têm atividades diferentes umas das outras, assim como as soluções pedagógicas oferecidas”, afirmou ao jornal O Popular. Ele destacou que a Lei 9.870 determina a metodologia para cálculo das anuidades.
O superintendente do Procon, Marco Palmerston, reforçou que aumentos devem ser compatíveis com a planilha de custos. Segundo ele, investimentos em estrutura, como construção de novos prédios, não podem justificar reajustes. “Não pode haver reajuste abusivo e injustificável. O contrato deve ser claro sobre valores, prazos e materiais escolares”, disse.
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