Caiado reafirma pré-candidatura e descarta união da direita no primeiro turno

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) reiterou nesta terça-feira (30/9) sua pré-candidatura à Presidência da República e afastou a possibilidade de unificação da direita já no primeiro turno das eleições de 2026. A declaração foi dada na saída do 3º Brasília Summit, realizado pelo Lide e pelo Correio Braziliense.

A fala responde à vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas), que defendeu a escolha de um único nome da direita. Caiado argumentou que o modelo eleitoral brasileiro não exige a concentração da oposição em torno de um só candidato antes da votação. “O sistema eleitoral brasileiro não determina que você tem apenas um candidato da oposição e um candidato do governo. Ele determina que os partidos com membros relevantes, capazes de debater o cenário político nacional e que têm o que mostrar, devem se apresentar como candidatos”, disse.

Segundo o governador, a convergência deve ocorrer naturalmente no segundo turno. “Depois, aquele que emergir do primeiro turno deverá, sem dúvida alguma, receber o apoio. Para todo analista minimamente entendido de política, sabe que a migração do eleitorado irá para aquele que atravessou o primeiro turno”, afirmou.

Caiado também rebateu críticas sobre divisão da direita e defendeu que o processo democrático respeite a pluralidade de candidaturas. “Não tem nenhum candidato que seja nacional. Então, você precisa ter inteligência política, estimular o processo e apoiar aquele que chegar”, declarou.

O governador acusou ainda o governo federal de tentar induzir a oposição a se concentrar em um único adversário. “O governo sempre quer construir um adversário único no primeiro turno, que é a única chance que ele tem de ganhar a eleição”, afirmou.

Sobre sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Caiado disse manter “boa e respeitosa” convivência e informou que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para visitá-lo, mas ainda não recebeu resposta.

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