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Divulgação - Secom Goiânia
Boletim da Fiocruz indica avanço de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave e aponta rinovírus como causa de alta em crianças em outros estados
Internações por influenza A e covid-19 crescem em Goiás e no Distrito Federal
28/09/2025, às 08:15 · Por Redação
O boletim InfoGripe divulgado na última quinta-feira (25/9) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, registrou aumento de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocadas por influenza A e covid-19 em Goiás e no Distrito Federal.
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, oito estados apresentaram crescimento de casos de SRAG: Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Piauí. Essa segunda onda de alta da influenza A é considerada atípica.
Tatiana detalhou que o rinovírus tem sido o principal responsável pelo aumento de casos de SRAG no Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e Espírito Santo, sobretudo em crianças e adolescentes. No Amazonas, o vírus sincicial respiratório (VSR) segue como causa relevante em crianças de até dois anos, embora com sinais de desaceleração. No Espírito Santo, o pneumovírus também contribui para a alta em crianças.
A covid-19 apresenta crescimento de casos de SRAG no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo. “No Distrito Federal e em Goiás a influenza A também tem contribuído para o aumento dos casos de SRAG em praticamente todas as faixas etárias a partir dos dois anos de idade”, disse a pesquisadora. Há ainda leve crescimento das notificações de SRAG por covid-19 na Região Sul, além de Mato Grosso do Sul e Bahia, sem impacto expressivo nas hospitalizações.
Em 2025, o país registrou 180.830 casos de SRAG. Desse total, 53% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 35,5% foram negativos e 5% ainda aguardam resultado. Entre os positivos, 23,6% correspondem a influenza A, 1,1% a influenza B, 43,1% a VSR, 26,9% a rinovírus e 7,6% a Sars-CoV-2.
Nas últimas quatro semanas, os percentuais entre os positivos foram de 13,6% para influenza A, 1,8% para influenza B, 15,1% para VSR, 44,5% para rinovírus e 17,7% para Sars-CoV-2.
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