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Wesley Costa
Primeiro procedimento pode ocorrer já em outubro, após ajustes estruturais e formação da equipe
Cora se prepara para realizar transplantes de medula óssea
26/09/2025, às 08:54 · Por Redação
O Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), em Goiânia, inaugurado na quinta-feira (25/9), está em fase final de preparação para iniciar transplantes de medula óssea ainda em 2025. A previsão é que o primeiro procedimento, um transplante autólogo — quando o próprio paciente é o doador das células — seja realizado em outubro. O candidato ao tratamento é um menino de 12 anos com tumor cerebral.
O serviço já recebeu habilitação do Ministério da Saúde, mas ajustes estruturais ainda estão em andamento. Segundo o secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, a Vigilância Sanitária recomendou a retirada dos rodapés de uma das salas, por acumularem sujeira. “Houve uma questão com a Vigilância Sanitária. Foi necessário retirar o rodapé, pois ele acumulava sujidade. Não seria um impeditivo, mas não seria recomendado. Estão retirando”, explicou.
Para que o transplante seja realizado no próprio Cora, além da conclusão da sala de preparo, é preciso contar com uma equipe especializada. Santos destacou a necessidade de um biomédico com pelo menos dois anos de experiência, profissional que ainda não foi contratado. O secretário também avalia a possibilidade de utilizar células preparadas em outras instituições, como o Hospital Araújo Jorge ou a Oncoclínicas, caso a demanda justifique. “Precisamos saber se será melhor realizar o transplante com as células preparadas no Araújo Jorge ou na Oncoclínicas, considerando a questão da economia de escala”, disse.
Tanto o Araújo Jorge quanto a Oncoclínicas estão em processo de adequação documental para fornecimento de células a outras unidades. Até agora, nenhum paciente do Cora precisou do transplante de medula; se houver necessidade imediata, as células terão de vir de Brasília.
A ala de transplantes foi projetada para reduzir riscos de infecção em pacientes infantojuvenis, que ficam com o sistema imunológico comprometido após o procedimento. O ambiente conta com sistema de ventilação dotado de filtros HEPA, que retêm partículas microscópicas. A unidade tem oito leitos de enfermaria e cinco de terapia intensiva, além de 14 camas hospitalares com balança integrada e sensores de movimento, que permitem monitorar peso e prevenir quedas.
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