Marginal Botafogo acumula mais de 270 pontos de risco após temporal em Goiânia

Os desmoronamentos e alagamentos registrados nesta terça-feira (23) na Marginal Botafogo, em Goiânia, não foram casos isolados. Um levantamento feito pelo jornal O Popular no dia seguinte apontou que a via, uma das principais da capital, apresenta mais de 270 pontos críticos que exigem intervenção, seja pública ou particular.

No percurso de 15 km, entre caminhada e carro, foram identificados:

170 áreas com erosão em aclives e sob viadutos;

50 muros de imóveis com rachaduras ou risco de queda;

20 bueiros danificados;

2 trechos de asfalto cedendo;

5 pontos de alagamento;

8 guard-rails quebrados;

18 trechos de taludes do canal do Córrego Botafogo cedendo.

Problemas se repetem

O talude que caiu perto da Rua 44 é exemplo da falta de contenção: ao redor, pelo menos seis pontos já mostravam sinais de erosão. Do outro lado, pedras instaladas em 2024 para segurar a margem já cedem novamente. Em vários trechos, como no Setor Nova Vila e no Universitário, estruturas antigas continuam sem reparo, e novas erosões se formaram.

Moradias irregulares, retirada de vegetação e bueiros entupidos agravam os riscos. Em alguns pontos, como na altura da Jamel Cecílio, a água ainda estava acumulada três horas após a chuva.

Sem grandes obras

Apesar dos problemas, a Seinfra afirma que realiza vistorias e manutenções rotineiras, mas não anunciou nenhuma obra de maior porte para a recuperação da marginal.

Já o prefeito Sandro Mabel (UB), em entrevista à Rádio Interativa FM, reconheceu a gravidade da situação:

— A Marginal Botafogo está derretendo. A responsabilidade é da gestão passada, afirmou.

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