Polícia Civil deflagra operação contra tráfico de drogas em Goiânia

23/09/2025, às 08:30 · Por Redação

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), deflagrou nesta terça-feira a segunda fase da operação Car Wash, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa familiar que atua no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na Grande Goiânia. A ação policial cumpriu oito mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão na capital, além de bloquear e sequestrar mais de R$ 4 milhões em bens e valores.

A investigação revelou que o grupo, composto por integrantes de uma mesma família, é responsável pela distribuição de cocaína na região metropolitana da capital. A primeira fase da operação, realizada em abril, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e bloqueou cerca de R$ 5 milhões em bens.

As apurações tiveram início no ano passado, após a prisão em flagrante de um casal que distribuía cocaína para traficantes de pequeno e médio porte em Goiânia. Na residência deles, a polícia encontrou 3 kg de cocaína, uma arma de fogo e R$ 35 mil em espécie, que estavam escondidos no forro do teto.

A partir da análise do patrimônio do casal, a polícia desvendou um esquema sofisticado de lavagem de capitais. O grupo utilizava a compra e venda de veículos de leilão para ocultar a origem criminosa do dinheiro.

Segundo a investigação, o casal, mesmo após ser solto, continuou a adquirir veículos de leilão com recursos do tráfico e os registrava em nome de parentes e amigos. Esses veículos eram, posteriormente, vendidos e o dinheiro das negociações era depositado em contas bancárias de familiares, que também eram usadas para receber valores da venda de drogas. Em apenas dois anos, o casal comprou cerca de 30 veículos, incluindo alguns de luxo.

Além dos carros, um imóvel também foi adquirido com o dinheiro do tráfico e registrado em nome de parentes. A operação visa, além de coletar mais informações sobre as atividades do grupo, recuperar os ativos obtidos com o crime. Na primeira fase, a Justiça autorizou o sequestro de sete veículos e um imóvel, avaliados em R$ 2 milhões, e o bloqueio de R$ 3 milhões nas contas dos investigados.

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