Avenida T-10 terá mão única ainda em 2025

A Avenida T-10, no Setor Bueno, terá sentido único até o fim deste ano no trecho entre a Avenida T-3 e a Avenida 85. A via integrará um sistema binário com a Rua T-55, que continuará no sentido inverso, da 85 para a T-3. Assim, o motorista que sair do Parque Vaca Brava poderá seguir apenas em direção à 85, ficando proibido o acesso no sentido oposto.

A Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) informa que a mudança é parte de um plano de reestruturação de 36 vias estratégicas mapeadas durante a elaboração do programa de governo. Segundo informações do secretário Tarcísio Abreu ao jornal O Popular, o projeto já foi aprovado pelo prefeito Sandro Mabel (UB) e está na fase de estudos técnicos para implantação, que inclui remoção de canteiro central, ajustes de calçadas e nova sinalização.

Para a Avenida Mangalô, no Setor Morada do Sol, a previsão é de mão única em 2026. A decisão de adiar a mudança veio após pedido de comerciantes, que temem impactos no movimento do fim de ano.

Desde janeiro, Goiânia já passou por alterações em outros corredores, como Jamel Cecílio/136 e Mutirão/Castelo Branco, com implantação de onda verde e readequação de canteiros. Em julho e agosto, os corredores 24 de Outubro e Universitária receberam intervenções semelhantes. A Avenida 85 será a próxima, em outubro, com liberação de uma terceira faixa e ajustes semafóricos.

Especialistas em mobilidade avaliam que o binário da T-10 exigirá estudo detalhado de impacto. Mateus Duarte, engenheiro de trânsito, aponta a necessidade de simulação de fluxo para a Rua T-55, que absorverá mais veículos. Ele destaca ajustes em tempo semafórico e revisão de itinerários de ônibus.

Representante da Associação Nacional de Transporte Público, Antenor Pinheiro observa que a região enfrenta problemas de estacionamento e de acesso de veículos de grande porte e que o binário pode aliviar a circulação no início, mas defende políticas complementares de estacionamento rotativo e restrição de tráfego pesado. Para a Mangalô, ele prevê desafios adicionais, já que não há vias paralelas com capacidade semelhante, o que pode exigir planejamento integrado de trânsito e uso do solo.

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