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Goiânia, 29/05/24
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Anselmo Pereira argumentou que aquilo que houver dolo haverá uma rejeição, mas que os erros deverão ser perdoados

Com morte de Paulo Garcia, vereadores avaliam punir secretários em prestação de contas

13/02/2020, às 09:47 · Por Pedro Lopes

Alguns vereadores de Goiânia não descartam responsabilizar os secretários do então prefeito Paulo Garcia (2010-2016), morto em 2017 vítima de infarto, caso as contas da sua gestão sejam recusadas. Inicialmente a avaliação acontece na Comissão de Finanças e depois será feita por todos os parlamentares no plenário da Câmara de Vereadores de Goiânia. O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) já se manifestou pela rejeição das contas de Garcia.

Nesta semana, foram analisadas as contas da gestão Paulo Garcia no ano de 2014. O relator da avaliação foi o vereador Lucas Kitão (PSL). O parlamentar acatou o parecer do TCM que pedia a rejeição das contas. No entanto, durante a votação, que durou poucos minutos, a maioria dos vereadores fez ressalvas em relação a administração do período citado, mas o relatório foi votado pela aprovação das contas.

"Eu fiz uma análise técnica, a gente teve auxílio do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Contas. Segundo os órgãos, não houve o cumprimento de algumas vinculações constitucionais, entre outras irregularidades. Foram vários fatores, não existe um fato isolado", destacou o relator, vereador Lucas Kitão. O processo de 2014 será levado a plenário na próxima semana.

O presidente da Comissão de Finanças da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (MDB), destacou que na semana que vem o colegiado fará a análise das contas do ano de 2013. A relatoria deste processo havia ficado com o ex-vereador Elias Vaz (PSB), hoje deputado federal. Foi feita a substituição por Anselmo Pereira (PSDB). Também há parecer contrário do TCM, que pede a rejeição das contas.

Anselmo Pereira argumentou que aquilo que houver dolo haverá uma rejeição, mas que os erros deverão ser perdoados. O parlamentar discorda da possibilidade de uma eventual condenação do ex-prefeito transferir a responsabilidade para a esposa. Ele entende que é uma situação desumana.

"Aquilo que não tiver dolo, podemos resolver. Não vou abonar aquilo que tem dolo. Os atos de erros administrativos não vou relevar. É a única coisa que não posso invocar é a imortalidade do prefeito, mas o restante tem como. Espero que não entre no espólio de uma viúva, precisamos ter um respeito pela sua história, mas o município também não pode ficar prejudicado. Vamos achar um equilíbrio", argumentou Anselmo Pereira.



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