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Goiânia, 02/10/25
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Alex Malheiros

Prefeito de Goiânia, Sandro Mabel anunciou que o novo contrato da administração municipal com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) terá vigência de 20 anos

Novo contrato da Comurg prevê teto de R$ 50 milhões mensais

20/09/2025, às 07:55 · Por Redação

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou nesta sexta-feira (19/9) que o novo contrato da administração municipal com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) terá vigência de 20 anos e poderá chegar a R$ 50 milhões mensais no limite máximo de serviços. A previsão é que o documento seja finalizado até o fim de setembro, para começar a valer em outubro.

Segundo Mabel, o texto incluirá “tudo quanto é atividade que a Comurg faz hoje na manutenção da cidade e não tinha no contrato antigo”. O prefeito afirmou que o objetivo é evitar distorções no faturamento por serviços prestados sem previsão contratual. “Os camaradas aumentavam a quantidade de poda de grama que não existia porque tinham feito algumas obras que não podiam cobrar porque não tinha no contrato”, disse ao jornal O Popular.

O prefeito estima que, na prática, a média mensal de custos fique entre R$ 30 milhões e R$ 35 milhões, já que o valor de R$ 50 milhões corresponde ao total de atividades listadas. Ele adiantou que alguns tipos de reforma deixarão de ser executados, para que a empresa se concentre em seu “core business”, como definiu.

Reestruturação
O contrato em vigor, assinado em outubro de 2023 e prorrogado até outubro de 2025, previa 39 serviços, dos quais 33 são faturados, incluindo roçagem, plantio de grama e manutenção de praças. O novo documento ampliará a lista. A Comurg passa por plano de reestruturação iniciado em fevereiro, com aporte previsto de R$ 190 milhões da Prefeitura para cobrir despesas trabalhistas, precatórios e déficit operacional.

Até agora, R$ 158 milhões foram empenhados e R$ 153,9 milhões pagos. Mabel reforçou que a companhia precisa “trabalhar para fora”, citando a possibilidade de prestar serviços como poda de árvores para a Equatorial Goiás ou recolhimento de lixo de grandes geradores privados.

Limpa Gyn
Desde 2023, a coleta orgânica e seletiva e a remoção de entulhos passaram a ser responsabilidade do consórcio Limpa Gyn, que recebe cerca de R$ 20 milhões mensais da Prefeitura. Parte das demandas da população, como retirada de grama roçada, não está prevista no contrato do consórcio, segundo o diretor-executivo Renan Andrade. A proposta de novo contrato da Comurg será analisada pelo Comitê de Controle de Gastos da Prefeitura e inclui medidas para reduzir a dependência financeira da empresa em relação ao município, com previsão de se tornar autossuficiente em dois anos.


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