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Goiânia, 18/09/25
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O número de pessoas ocupadas no país chegou a 102,4 milhões, sendo 39,1 milhões com carteira assinada, o maior contingente da série histórica

Taxa de desemprego no Brasil e em Goiás atinge menor índice desde 2012

17/09/2025, às 11:44 · Por Redação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (16) que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, marcando o menor índice desde o início da série histórica em 2012. No trimestre móvel anterior, o índice era de 5,8%. Em Goiás, a queda também foi expressiva, com a taxa recuando de 5,3% para 4,4% no segundo trimestre de 2025, uma redução de 0,9 ponto percentual.

O número de pessoas ocupadas no país chegou a 102,4 milhões, sendo 39,1 milhões com carteira assinada, o maior contingente da série histórica. Para o economista Everaldo Leite, os dados refletem a resiliência da economia brasileira, mesmo diante de uma taxa básica de juros (Selic) elevada, atualmente em 15% ao ano.

“O mercado de trabalho tem se sustentado em setores estratégicos, especialmente na construção civil, que cresceu 4,3% em 2024 e superou o PIB nacional. Esse desempenho gerou quase 40% a mais de empregos em relação a 2020. Para 2025, a previsão é de novo crescimento, em torno de 3%, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que agora atende famílias com renda de até R$ 12 mil”, explicou Leite.

O economista destacou que a construção civil aquecida é um fator determinante para a queda do desemprego, mas não o único. “O crescimento do emprego sustenta o consumo em equilíbrio com o PIB, ajudando a inflação a se manter dentro da meta. Além disso, a queda do dólar reduz os custos de insumos importados, contribuindo para segurar os preços”, completou.

Leite também ressaltou que a expectativa do governo é que a acomodação da inflação permita uma redução sustentável da taxa Selic, criando um cenário favorável a novos investimentos. “Com a indústria nacional retomando o fôlego, teremos condições de ampliar exportações de produtos com maior valor agregado. Após as medidas protecionistas adotadas pelos EUA, será essencial buscar espaço em novas cadeias globais de produção e serviços”, afirmou.

Outro destaque é o uso do PIX, que tem dinamizado o comércio e as contratações. “Em setembro, foram 290 milhões de transações em um único dia, movimentando R$ 164,8 bilhões. Em 2024, o volume total superou R$ 26,4 trilhões. Essa instantaneidade impulsiona a atividade econômica e favorece novos investimentos”, analisou.

Para o economista, se a inflação se mantiver próxima ao centro da meta, o país poderá vivenciar um novo ciclo virtuoso, combinando queda dos juros, aumento da formalização e expansão da renda. “A economia brasileira já demonstrou sua resiliência e agora tem condições de consolidar um crescimento mais equilibrado, sem necessidade de alta da Selic no médio prazo”, concluiu.


IBGE Desemprego Brasil