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Investigadores tentam identificar motorista de veículo branco que teria fechado a moto de Carlos Willian Rodrigues Martins, de 25 anos, na Avenida César Lattes
Polícia procura condutor de carro envolvido em acidente que matou entregador em Goiânia
16/09/2025, às 09:02 · Por Redação
A Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) apura as circunstâncias do acidente que matou o entregador por aplicativo Carlos Willian Rodrigues Martins, de 25 anos, na noite de domingo (14/9), no Setor Novo Horizonte, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, câmeras de segurança registraram um carro branco em aparente perseguição à motocicleta conduzida pela vítima.
Imagens mostram que, por volta das 21h, a moto de Carlos Willian colidiu contra um poste e uma lixeira na Avenida César Lattes, em frente a um supermercado. Com o impacto, o veículo pegou fogo e parte do corpo do jovem foi atingida pelas chamas. Um casal com uma criança que passava pela calçada quase foi atingido, mas conseguiu desviar. Populares usaram extintores para tentar conter o fogo e socorrer a vítima.
Testemunhas relataram que o carro teria jogado o veículo para cima do motociclista, o que provocou o desequilíbrio e a colisão. O registro de atendimento integrado (RAI) aponta que Carlos sofreu traumatismo craniano, fraturas no rosto e no braço esquerdo, além de queimaduras. Ele foi socorrido com vida, mas sofreu parada cardiorrespiratória no caminho para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e teve o óbito confirmado.
O motorista do carro branco, possivelmente um HB20, não havia sido identificado até a noite de segunda-feira (15/9). Um homem chegou a se apresentar espontaneamente à Central de Flagrantes, mas negou envolvimento e será investigado.
Investigação
De acordo com o delegado Pedro Ludovico, a Dict foi acionada apenas na manhã de segunda-feira e instaurou inquérito para apurar se houve briga de trânsito ou outra motivação. “Precisamos elucidar se foi dolo eventual ou intenção de matar”, disse. O laudo cadavérico vai indicar a causa da morte, e familiares e testemunhas serão ouvidos.
A possibilidade de outra motivação surgiu porque a vítima teve passagem por tráfico de drogas em 2022, mas o pai de Carlos, o guarda civil metropolitano Carlos Willian de Sousa Martins, acredita em briga de trânsito. “Um menino gigante de tanto amor”, disse ao jornal O Popular, descartando relação com o processo criminal.
Relato
O motorista Raphael Humberto Costa, que presenciou o acidente, afirmou ter ouvido o barulho da moto acelerada e visto a colisão em seguida. Segundo ele, o carro não chegou a tocar na motocicleta, mas fez um movimento brusco em direção ao entregador. “Foi um barulho muito alto. Pode não ter visto, mas com certeza ele ouviu”, disse sobre o condutor do carro que não parou para prestar socorro.
O pai da vítima, que chegou ao local pouco depois, acompanhou os trâmites para a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML). O enterro está previsto para esta terça-feira (16/9), restrito à família, a pedido do jovem.
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