Coluna do Pablo Kossa: Quando a maré de azar chega há muito pouco o que fazer

As últimas semanas estão pesadas pra mim. Uma sequência de reveses de saúde que me fazem pensar se algum encosto não está colado na minha corcunda, me puxando pra trás. Banho de sal grosso, aí vou eu.

 

Cheguei de férias serelepe. Cabeça descansada, revigorado para o segundo semestre. Aí comecei a tomar uma ré atrás da outra que, Jesus, não está fácil.

 

Vivo numa fase empolgada com exercícios físicos. E dá-lhe longas caminhadas, e dá-lhe academia, e dá-lhe pedaladas, e dá-lhe problemas musculares.

 

É claro que isso aconteceria. Quem já dobrou o Cabo da Boa Esperança e está mais pra lá do que cá como gente da minha idade se encontra, não deveria se meter com essas estripulias. A cabeça sabe disso, o problema é explicar pro corpo.

 

Tive um estiramento no lado esquerdo do músculo abdominal, acima da bacia, que atropelou a bela sequência aeróbica que  estava construindo. Repouso para o tratamento é o recomendado. Mas sou teimoso como uma mula.

 

Não me fiz de rogado e tentei driblar o que o corpo dizia. Banquei o espertão e comecei a compensar a ausência de cardio com musculação mais pesada. Resultado: distensão na panturrilha esquerda. Dez dias de estaleiro pro senil que se acha jovem.

 

Entendi o recado da vida e, nessa ocasião, tirei o time de campo. Encarei fisioterapia recovery, fiquei bom novamente.

 

Mas quem disse que a vida é fácil? Quando retomei a rotina saudável, nova rasteira. Peguei um forte resfriado que transformou meu nariz no chafariz do Balão Mágico. Lá se foi meu plano de engatar novamente o projeto fitness.

 

Com a coriza me infernizando, encaro a triste convalescência. Mais alguns dias de estaleiro até retomar minha planilha. Não posso reclamar, né: doente, porém vivo. Mas vai saber até quando.

 

Enquanto isso, dá-lhe mandinga pra tirar o mau olhado que se apoderou de mim. Aprendemos com Nelson Ned que tudo passará. Então vaza logo, zica!

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Pablo Kossa Coluna