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Goiânia, 02/10/25
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Alex Malheiros

Prefeito Sandro Mabel e líder do governo, Wellington Bessa, defendem inclusão no regimento, mas iniciativa enfrenta resistências em meio a crise na base

Wellington Bessa busca consolidar vice-líderes na Câmara de Goiânia

10/09/2025, às 09:05 · Por Redação

O líder do governo na Câmara de Goiânia, vereador Wellington Bessa (DC), afirmou nesta terça-feira (9/9) que vai se reunir com o presidente da Casa, Romário Policarpo (PRD), para discutir a criação dos cargos de vice-líderes do prefeito no regimento interno. A proposta, que também recebeu apoio do prefeito Sandro Mabel (UB), prevê que esses parlamentares auxiliem diretamente na articulação política.

De acordo com Mabel, caberá a Bessa indicar os nomes — provavelmente entre três e quatro — e submeter a lista à análise do Executivo. A função foi anunciada na segunda-feira (8/9), quando o prefeito confirmou Bessa como novo líder governista. A expectativa é que os vice-líderes atuem no plenário, na Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e nos colegiados de Constituição e Justiça (CCJ), Finanças e Mista.

Até o ano passado, a liderança do prefeito não tinha previsão regimental. A mudança foi aprovada em dezembro, garantindo ao líder cadeira obrigatória nas três principais comissões e estrutura administrativa de pelo menos R$ 30 mil em cargos. A proposta de agora busca ampliar o alcance dessa articulação, com divisão de tarefas entre diferentes vereadores. Segundo Bessa disse ao jornal O Popular, o objetivo é reforçar o diálogo da Prefeitura com os parlamentares. Ele afirmou que os vice-líderes deverão utilizar a estrutura já destinada ao líder do governo, sem criação de novos cargos.

Nos bastidores, a ideia encontra resistências. Parte dos vereadores avalia que a medida pode abrir espaço para alterações mais amplas no regimento, por meio de emendas durante a tramitação. Além disso, a proposta surge em um momento de desgaste do Executivo, após duas derrotas importantes: a instalação da CEI do Limpa Gyn e a aprovação, em primeiro turno, da revogação da taxa do lixo. Apesar disso, aliados de Mabel acreditam que os vice-líderes serão escolhidos e terão funções definidas, mesmo que a formalização regimental não avance. Nesse caso, a atuação ocorreria de forma informal.

Reestruturação
Atualmente, 23 vereadores se declaram base do prefeito, quatro a menos que em março. A Câmara tem ainda dez independentes e quatro oposicionistas. Entre os independentes está o ex-líder Igor Franco (MDB), destituído em agosto após apoiar a instalação da CEI e a revogação da taxa do lixo. A definição de Bessa como novo líder levou dez dias. Nomes como Thialu Guiotti (Avante), Henrique Alves (MDB) e Bruno Diniz (MDB) chegaram a ser cogitados, mas o prefeito optou por Bessa, destacando seu bom relacionamento com os colegas da Casa.


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