Sandro Mabel nomeia Wellington Bessa como líder do Governo na Câmara e abre espaço para cargos de vice-liderança

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou nesta segunda-feira (8) a nomeação do vereador Wellington Bessa (DC) como novo líder do Governo na Câmara Municipal, além da criação de quatro cargos de vice-liderança para apoiar a atuação do líder nas sessões plenárias, na Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e nos principais colegiados da Casa.

De acordo com Mabel, os vice-líderes terão papel fundamental no suporte ao líder, auxiliando especialmente nas comissões Constituição e Justiça (CCJ), Finanças, Orçamento e Economia (CFOE) e Comissão Mista — mas, até o momento, os nomes para essas funções ainda não foram definidos, e a criação dos cargos não está prevista no regimento interno da Câmara.

“Em uma CEI como essa, por exemplo, é necessário ter vice-líderes, porque o líder sozinho não consegue abarcar todas as demandas. Eles ajudam a coordenar as comissões e dão maior atenção aos projetos”, explicou o prefeito, citando sua experiência parlamentar na Câmara Federal.

A mudança na liderança ocorre após uma série de derrotas da Prefeitura na Câmara neste segundo semestre, como a instalação da CEI do Limpa Gyn e a aprovação em primeiro turno da revogação da Taxa de Limpeza Pública (TLP), duas votações que causaram desgaste à gestão municipal. Ambos os movimentos contaram com articulação do ex-líder de Governo Igor Franco (MDB) e apoio de vereadores da base aliada.

Wellington Bessa, que assume em um momento de reorganização da base governista, é considerado próximo ao Paço e se posicionou contrário tanto à instalação da CEI quanto à revogação da taxa do lixo. O vereador possui experiência em cargos públicos, tendo atuado à frente do Procon Goiás e das secretarias municipais de Educação e Administração.

A escolha de Bessa para o posto foi marcada por dificuldades em encontrar um nome com bom trânsito entre os pares, levando cerca de 10 dias desde a saída de Franco em 29 de agosto. Outros nomes cogitados foram Thialu Guiotti (Avante), Henrique Alves (MDB) e Bruno Diniz (MDB). Segundo Mabel, Bessa teve apoio amplo na Câmara, incluindo partidos da oposição. “O líder precisa dessa tranquilidade para alinhar os programas da Câmara e do Executivo e levar a cidade adiante”, afirmou.

A estrutura da liderança de Governo na Câmara inclui quatro cargos, com salários que somam cerca de R$ 30 mil. Desde o final do ano passado, o líder tem direito a assento em três comissões (CCJ, Finanças e Mista), embora não possa atuar como relator em matérias do Executivo nesses colegiados.

Em coletiva, Wellington Bessa afirmou que seu primeiro foco será a interlocução individual com os vereadores para entender e atender as demandas dos bairros. Ele destacou que o grupo de aliados do prefeito ainda está sendo reconfigurado e não tem número definido. O quórum mínimo para aprovação de leis complementares e emendas à Lei Orgânica do Município é de 25 vereadores.

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