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Goiânia, 02/10/25
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Confirmando as expectativas, Welton Lemos (SD) foi eleito presidente da comissão, Aava Santiago (PSDB) assumiu a vice-presidência e Willian Veloso (PL) ficou com a relatoria

CEI do Limpa Gyn define comando e inicia organização das primeiras oitivas

08/09/2025, às 17:01 · Por Redação

Com a missão de investigar supostas irregularidades nos contratos e serviços do consórcio responsável pela limpeza urbana de Goiânia, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn realizou sua primeira reunião oficial nesta sexta-feira (5). O encontro serviu para confirmar os cargos de liderança e dar os primeiros passos rumo às oitivas que devem movimentar a política da capital nas próximas semanas.

Confirmando as expectativas, Welton Lemos (SD) foi eleito presidente da comissão, Aava Santiago (PSDB) assumiu a vice-presidência e Willian Veloso (PL) ficou com a relatoria. Apenas o cargo de relator teve disputa: Veloso venceu por maioria, superando Ronilson Reis (SD). Os demais nomes foram definidos por consenso.

Com o comando estabelecido, os membros definiram que as reuniões da CEI acontecerão semanalmente, sempre às terças-feiras, às 14h, com possibilidade de sessões extraordinárias. Os requerimentos deverão ser apresentados ao presidente e entregues ao relator até as 10h do dia da sessão.

“Já temos nomes em mente para as primeiras convocações, e esses requerimentos serão apresentados na próxima terça (9). Em seguida, os convocados terão cinco dias úteis para comparecer às oitivas”, afirmou Welton Lemos.

Transparência e participação popular

Em tom conciliador, Lemos reforçou que a comissão não será palco de perseguições políticas:

“O objetivo aqui é avaliar a prestação de serviços, não promover caça às bruxas”, disse o presidente.

A CEI também deverá abrir um canal direto com a população para envio de denúncias, sugestões e informações relevantes à investigação.

Composição da CEI

A comissão é formada por sete membros titulares e três suplentes. Entre os titulares, três são da oposição ao prefeito Sandro Mabel (UB): Welton Lemos (SD), Aava Santiago (PSDB) e Pedro Azulão Jr. (MDB). Três são da base: Ronilson Reis (SD), Thialu Guiotti (Avante) e Juarez Lopes (PDT). O relator Willian Veloso (PL) ocupa posição independente.

Os suplentes são Sanches da Federal (PP), Fabrício Rosa (PT) e Cabo Senna (PRD). Em caso de ausência dos titulares, os suplentes assumem automaticamente com direito a voto, respeitando a ordem de suplência.

Todas as comunicações, documentos e requerimentos serão feitos de forma digital, por meio do sistema Suap.

PL recusa secretaria na Prefeitura

Durante a reunião, o relator Willian Veloso negou qualquer intenção do PL de assumir uma secretaria na gestão de Sandro Mabel. Segundo ele, apesar de um acerto feito no passado, a sigla decidiu, em reunião com o presidente do diretório municipal, Gustavo Gayer, que não participará da administração.

“Isso é coisa do passado. O PL não aceita, nem agora nem por um bom tempo. Queremos evitar qualquer tipo de mal-entendido”, afirmou Veloso.

A fala foi uma resposta a especulações de que o partido poderia ocupar uma pasta como parte de acordos políticos anteriores — o que ganhou força após o PL entrar com ação contra a chapa de Mabel nas eleições de 2024 e, depois, desistir do processo.


Relatoria promete independência e rigor


Veloso prometeu um trabalho técnico e imparcial à frente da relatoria:


“O mandato já é independente e o trabalho aqui será igual. O que estiver certo, vamos reconhecer. O que estiver errado, será apontado. E se houver má-fé ou crime, isso constará no relatório final.”


Já a vice-presidente Aava Santiago destacou que a CEI terá como uma das primeiras missões diferenciar os serviços prestados pelo consórcio Limpa Gyn e pela Comurg.


“Queremos saber qual parte da arrecadação vai para a limpeza urbana e quem é, de fato, responsável por cada serviço. Se for má gestão, que a gestão assuma”, afirmou.


Próximos passos


Na terça-feira (9), os parlamentares irão apresentar os primeiros requerimentos de convocação. A expectativa é que nomes ligados à gestão municipal e ao consórcio investigado estejam entre os primeiros a prestar depoimento.


A CEI terá inicialmente 120 dias para concluir os trabalhos, podendo ser prorrogada por mais 120 dias, se necessário.


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