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Goiânia, 02/10/25
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Prefeito diz que vereadores perderam privilégios, nega retaliações e mira deputado Clécio Alves em críticas

Ruptura com ex-líder expõe estilo Mabel de cortar regalias

05/09/2025, às 15:32 · Por Redação

A saída de Igor Franco (MDB) da liderança de governo na Câmara abriu uma nova frente de desgaste político para o prefeito Sandro Mabel (UB). Após o ex-aliado afirmar em plenário que vem sofrendo “retaliações” do Paço, Mabel rebateu e reforçou a marca de austeridade que tem adotado desde o início do mandato.

Segundo o prefeito, a insatisfação de parte da base se deve ao corte de privilégios. “Eu acabei com a mamata. Tinha umas tetas gordas que o pessoal estava mamando. Eu enxuguei elas”, disse, em entrevista durante a abertura da Feira Internacional do Comércio Exterior no Brasil Central (Ficomex).

“O Igor tinha R$ 200 mil em cargos. Vai perder essas regalias. Reclama porque perdeu. Mas vou tratar todos os vereadores de forma igual, sem privilégios”, afirmou.

Tesourão em ação

Mabel disse que continuará a usar o “tesourão” na máquina pública. “Tenho que cortar tudo. As pessoas não gostam, mas estou protegendo o dinheiro da cidade. Minha pretensão é ficar quatro anos e arrumar Goiânia, sem medo de desagradar.”

Embate com Clécio Alves

Além do embate com Franco, o prefeito voltou a atacar o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos), alegando que cortes em repasses indiretos da Comurg explicam os ataques que recebe na Assembleia Legislativa. “Sou inimigo dele, mas sou amigo da cidade”, disparou.

Câmara em ebulição

Na sessão da manhã, Franco defendeu a CEI do Limpa Gyn e questionou a eficácia da taxa de limpeza pública: “Qualquer rua de Goiânia que você passa, vê sacos de lixo. A limpeza está uma merda”. Ele também acusou a Secretaria de Governo de orientar pastas a não atenderem suas demandas.

Enquanto Franco fala em perseguição, Mabel insiste que a disputa revela apenas o fim de uma relação marcada por “regalias” no Paço.


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