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Goiânia, 02/10/25
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Deputado federal Gustavo Gayer confirmou, nesta semana, que chamou o senador Vanderlan Cardoso (PSD) de “vagabundo” em um vídeo publicado em 2023

Gayer admite declarações contra Vanderlan

05/09/2025, às 09:45 · Por Redação

O deputado federal Gustavo Gayer (PL) confirmou na última quarta-feira (3/9) que chamou o senador Vanderlan Cardoso (PSD) de “vagabundo” em um vídeo publicado em 2023, mas alegou que não teve a intenção de ofender. A declaração ocorreu durante audiência de instrução no Supremo Tribunal Federal (STF), no processo movido por Vanderlan por calúnia, injúria e difamação.

Gayer afirmou que a gravação foi motivada por “sentimento de injustiça” e que suas falas foram feitas “no calor do momento”. O parlamentar disse ainda que, ao mencionar “negociação de comissão”, referia-se à presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sem acusar o senador de corrupção.

A defesa de Gayer sustentou que as críticas ocorreram no exercício da atividade parlamentar e estão protegidas pela imunidade conferida ao mandato. O advogado classificou as declarações como “críticas políticas” e não como ataques pessoais.

Entre as testemunhas de defesa, compareceram os senadores Carlos Portinho (PL) e Magno Malta (PL), além do ex-deputado Professor Alcides e do comentarista Rodrigo Constantino. O senador Eduardo Girão (Novo) não esteve presente. Vanderlan, por sua vez, não participou da audiência. A defesa justificou a ausência alegando animosidade com o réu.

A ação teve início em fevereiro de 2023, quando Gayer criticou o apoio de Vanderlan à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado. Na ocasião, o deputado classificou a decisão como “traição à direita e às igrejas evangélicas” e publicou o vídeo com ofensas.

A Primeira Turma do STF acolheu a queixa-crime apresentada pelo senador, transformando-a em ação penal. Gayer pode ser condenado a até cinco anos de prisão, além de eventual perda do mandato.

Clima de disputa
Nos últimos dias, o embate entre os dois se intensificou nas redes sociais. Vanderlan acusou Gayer de propagar desinformação e negou qualquer proximidade com o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Já o deputado afirmou ser alvo de perseguição política e relacionou a ação a uma tentativa de inviabilizar sua candidatura ao Senado em 2026.


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