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Renan Andrade rebate denúncias, afirma que consórcio cumpre metas acima do contratado e garante que usará a CEI para esclarecer dúvidas sobre a coleta em Goiânia
Diretor do Limpa Gyn chama CEI de “desnecessária” e que lisura do contrato será provada
04/09/2025, às 16:42 · Por Redação
O diretor-executivo do Consórcio Limpa Gyn, Renan Andrade, afirmou nesta quarta-feira (3), em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás, que a Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta pela Câmara de Goiânia para investigar o contrato de limpeza urbana é “desnecessária”. Apesar disso, ele diz enxergar a apuração como uma oportunidade para comprovar a legalidade e a eficiência dos serviços prestados.
Segundo Andrade, em mais de um ano e meio de execução do contrato, a Câmara nunca convocou o consórcio formalmente para prestar esclarecimentos. “Sempre estive aberto a conversar, receber, mostrar o trabalho. Essas dúvidas poderiam ter sido sanadas sem precisar de uma CEI”, disse.
Serviços acima do contratado
O diretor destacou que o consórcio cumpre e até ultrapassa as metas previstas em contrato. Ele citou que a coleta orgânica chega hoje a 42 mil toneladas mensais — cerca de 20% acima do pactuado. A coleta seletiva também supera a meta inicial de 2,6 mil toneladas, alcançando mais de 3 mil toneladas nos últimos meses.
No caso da varrição, Andrade ressaltou que todo o trabalho é mecanizado, ao contrário de críticas que atribuem à Limpa Gyn atividades de responsabilidade da Comurg, como varrição manual, manutenção de ecopontos e recolhimento de restos de poda. “Existe confusão sobre o que é atribuição do consórcio e o que cabe à Prefeitura ou à Equatorial”, reforçou.
Denúncias de uso indevido de maquinário
Sobre acusações de uso de caminhões para serviços particulares, Andrade negou. “Nunca recebemos orientação para atuar fora do contrato. Se algum funcionário, por conta própria, descumprir a regra, é desligado”, disse. Ele destacou ainda que, em situações de risco sanitário, como lotes abandonados com focos de dengue, a limpeza é feita por orientação da Prefeitura.
Reajustes contratuais e investimentos
Em relação ao aditivo de contrato aprovado em abril, o diretor explicou que o valor foi elevado devido ao dissídio coletivo da categoria, previsto no acordo inicial. Segundo ele, a demora nas negociações entre sindicatos e empresas impactou no custo acumulado.
Andrade também defendeu que os investimentos em monitoramento, logística e controle da operação estão disponíveis para análise da CEI. “Não tenho receio, porque a comissão vai verificar a prestação dos serviços, e nisso estou tranquilo. Não temos nenhuma questão operacional a dever”, afirmou.
Histórico e nota oficial
O consórcio assumiu a coleta de Goiânia em meio a uma crise, quando bairros chegaram a ficar até 30 dias sem recolhimento. “Foi necessária uma força-tarefa nos primeiros meses. De lá para cá, ampliamos equipe, frota e volume coletado”, disse o diretor.
Em nota pública, o Limpa Gyn reiterou que continuará prestando normalmente os serviços, reforçou a lisura do contrato e afirmou que a apuração da CEI será bem-vinda para comprovar a legalidade das operações.
Limpa Gyn CEI